O número de mortos na consequência do transbordo súbito de um rio no sul de Itália, esta segunda-feira, provocou onze mortos, de acordo com um novo balanço feito pela Proteção Civil italiana.
De acordo com o responsável da Proteção Civil da região de Calábria, Carlo Tansi, em declarações à agência Ansa, durante a noite morreu um dos feridos graves, que estava internado no hospital de Cosenza. A BBC dá conta de onze mortos e vários desaparecidos.
Segundo a mesma fonte, 18 pessoas foram resgatadas com vida, estando cinco internadas em estado grave no hospital de Cosenza. Há ainda pelo menos três desaparecidos, embora este número possa aumentar já que havia vários grupos de caminhantes a visitar a zona onde aconteceu o acidente, no Parque Nacional de Pollino, na região da Calábria.
“A dificuldade de termos um quadro claro do número de desaparecidos deve-se ao facto de os caminhantes fazerem parte de grupos diferentes”, afirmou Carlo Tansi, acrescentando que as buscas não foram interrompidas durante a noite.
De acordo com vários órgãos de comunicação social internacionais, as pessoas que morreram faziam parte de um grupo de 15 caminhantes que foi surpreendido na segunda-feira, durante a tarde, pelo transbordo do curso de água do rio Raganello, causado por chuvas intensas. O grupo era da região da Lombardia, no norte do país.
As gargantas do rio Raganello formam uma área natural protegida que se estende ao longo de 1.600 hectares, com um desfiladeiro de 13 quilómetros, e que se situa no Parque Nacional do Pollino.
Trata-se de um percurso aconselhado apenas para caminhantes experientes, devido às muitas dificuldades que apresenta, e durante algum tempo esteve mesmo interditado.
Desde então, as autoridades locais regulamentaram de forma rígida o acesso a esta zona e colocaram placas nos rochedos para permitir às equipas de socorro identificar mais facilmente os locais, segundo a mesma fonte.
ZAP // Lusa