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Numa empresa neozelandesa só se trabalha quatro dias por semana (mas a produtividade aumentou)

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George Grinsted / Flickr

Em março e abril do ano passado, uma empresa neozelandesa implementou um novo modelo laboral: trabalhar apenas quatro dias por semana. O estudo final foi publicado esta terça-feira e as conclusões mostram resultados animadores.

Quase um ano depois de a empresa neozelandesa Perpetual Guardian ter implementado um modelo laboral que permite aos funcionários trabalhar apenas quatro dias por semana, o balanço não podia ser mais animador.

O projeto piloto iniciou em março e abril do ano passado, mas em novembro a empresa decidiu adotar o sistema em pleno. Assim, os 240 funcionários passaram a folgar três dias por semana, recebendo o mesmo salário e sem horas extraordinárias.

O estudo final, publicado esta semana e monitorizado por investigadores a Universidade de Auckland, revela que a produtividade desta empresa aumentou 20%, enquanto que o stress dos funcionários baixou em 45% em 2017 para 36% em 2018.

Mas as vantagens deste modelo laboral não ficam por aqui. Segundo a TSF, também o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional cresceu de 54% em 2017 para 78% em 2018.

Segundo Andrew Barnes, fundador da empresa, o sistema de quatro dias de trabalho também contribuiu para que os lucros da empresa de serviços financeiros crescessem, aumentou o nível de empenho e melhorou a disposição dos trabalhadores.

Ao The Guardian, o responsável afirmou que, por todos estes motivos, considera que mais empresas deveriam implementar este método. “Precisamos que mais companhias tentem esta abordagem. Irão ficar surpreendidos com as melhorias na companhia, nos trabalhadores e na comunidade adjacente.”

Tammy Barker, funcionária da empresa, referiu que trabalhar menos ajudou-a a concentrar-se mais nas suas tarefas. “Temos sido tratados como adultos e penso que o resultado é que estamos todos a agir como adultos“, disse.

À Perpetual Guardian já chegaram centenas de pedidos de informação sobre o modelo laboral. A empresa Wellcome Trust, do Reino Unido, está a pensar aplicá-lo no seu total de 800 trabalhadores.

ZAP //

5 Comments

  1. Aqui em Portugal seria agravar a situação, como iriam depois os portugueses pagar mais estadias nos cafés e outras diversões, pedir empréstimos à Banca para alimentar os vícios só agravaria ainda mais a situação de todas as partes.

  2. Exatamente! Estou consigo! E para prevenir esse desastre o melhor é passar a trabalhar 7 dias por semana e aumentar o horário para 10h/dia. Assim não há tempo para vícios, gastos e empréstimos. Vamos todos ficar bem mais felizes.

  3. Infelizmente em Portugal o patrão só olha para o seu umbigo e quer que os empregados sejam escravos só porque lhe dá prazer, portanto só mesmo se forem obrigados é que implementarão tal mudança!

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