As montras onde as trabalhadoras do sexo se exibem e oferecem os seus serviços estavam fechadas em Bruxelas, na Bélgica, nesta quarta-feira de manhã. As prostitutas declararam greve depois do assassinato de uma colega, protestando contra a crescente falta de segurança.
A vítima, uma imigrante nigeriana de 23 anos, foi apunhalada várias vezes numa rua do bairro na chamada “zona vermelha”, a região central da capital belga onde se concentram os bordéis e as cabines de prostituição. Ainda não há pistas sobre quem cometeu o crime.
O Sindicato de Trabalhadores do Sexo (UTSOPI) apelou à greve, num movimento inédito, como forma de protesto contra a crescente falta de segurança para exercer o seu trabalho, que está regularizado como profissão pela legislação belga.
O UTSOPI refere que as trabalhadoras do sexo de origem africana se sentem discriminadas e abandonadas pela polícia local.
“Quando acontece alguma coisa, nós ligamos e a polícia aparece uma hora depois, quando já é tarde demais. A polícia não está nem aí porque somos negras“, acusa uma destas mulheres que pediu para não ser identificada, em entrevista à televisão pública RTBF, cita a BBC.
A emissora denunciou, no início do ano, os abusos que as trabalhadoras do sexo originárias da Nigéria sofrem. Muitas destas mulheres são obrigadas a prostituírem-se para reembolsar dívidas contraídas para chegar à Europa.
“Elas têm que trabalhar sem parar porque têm dívidas de até 20 mil euros para pagar. Se não, colocam em risco as suas vidas e a das suas famílias”, explica Sarah de Hovre, directora do centro Pag-Asa, que ajuda vítimas de tráfico humano, segundo declarações divulgadas pela BBC.
Nos últimos meses, a polícia belga multiplicou as rondas de fiscalização e desmantelou várias redes de tráfico e de proxenetismo na capital, principalmente no “bairro da luz vermelha”.
É que se a prostituição como actividade privada é legal na Bélgica, tirar benefícios da prostituição alheia é um crime. Em Portugal, o lenocínio, ou seja, a exploração sexual de pessoas, também é punida por lei.
O Sindicato das Trabalhadoras do Sexo vai reunir-se nos próximos dias com as autoridades belgas para discutir como melhorar a segurança destas profissionais.
ZAP // BBC
“Elas têm que trabalhar sem parar…” diz o texto, e muito bem, pois parar é morrer.
“A polícia não está nem aí porque somos negras“
As prostitutas são brasileiras ou o/a jornalista que escreveu a noticia é brasileiro/a?
A primeira opção ainda se compreende…
Citando;”Muitas destas mulheres são obrigadas a prostituírem-se para reembolsar dívidas contraídas para chegar à Europa.”
Não dá para compreender.
Então que faz o transporte destas pessoas não o faz por altruísmo para bem dos explorados no seu país?
É puro negócio de contrabando de seres humanos que, enquanto tal, deveriam ser objecto de respeito total.
Algo não vai bem nestas siruações.
Quem fiscaliza e detém para julgamento os responsáveis por este tráfico indecente e indecoroso?
Quem tem comissões sobre os benefício gerados com a exploração desta gente que pretende ter uma vida melhor no seu país e acaba num inferno às mãos daqueles que prometem ajudá-las?
Ou há interesses outros devidamente escondidos?????????