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A Torre de Londres foi palco de várias experiências estranhas com animais

Bob Collowân / Wikimedia

Torre de Londres, Inglaterra

Antigamente, os humanos tinham algumas teorias muito estranhas sobre vários animais e, infelizmente, nem um pouco do bom senso que os impediria de as testar.

Segundo o site IFLScience, Plínio, o Velho, era um desses exemplos. O naturalista romano escreveu a enciclopédia “Naturalis Historia”, que reuniu a maior parte do conhecimento sobre animais e plantas daquela época. Entre as “verdades” estabelecidas, Plínio afirmava que colmeias inteiras morriam ao entrar em contacto com sangue menstrual e que elefantes e rinocerontes eram inimigos mortais.

Segundo o mesmo site, esta última crença durou tantos séculos que acabaria por ser posta à prova pelo rei português D. Manuel I, que reinou entre 1495 e 1521. O monarca estava tão convencido que o romano estava certo, que arranjou um rinoceronte para lutar com um dos seus elefantes (que acabou por fugir do confronto).

No Reino Unido, algumas destas bizarras crenças podiam ser vistas por todos na emblemática Torre de Londres. Durante o reinado de João de Inglaterra (1199-1216), os ingleses reformularam a famosa prisão numa espécie de jardim zoológico. Foi a partir daqui que a realeza britânica começou a mostrar a sua ignorância perante os animais.

Em 1252, Henrique III recebeu um presente do rei Haakon, da Noruega: um urso polar. De acordo com o IFLScience, o animal foi mantido acorrentado e amordaçado durante a maior parte do tempo, saindo apenas para nadar no rio Tamisa.

Mais à frente, em 1623, o rei Jaime I recebeu um elefante do rei de Espanha. O animal, herbívoro, era alimentado com uma dieta à base dos melhores cortes de carne de vaca e um vinho tinto dos mais caros.

De acordo com o mesmo site, a Torre de Londres também tinha muitos leões, o que significava, ao mesmo tempo, poucas oportunidades para estes animais se exercitarem ao ar livre. A única exceção era quando eram propositadamente incomodados por cães para divertir as multidões. Por alguma razão, os ingleses também acreditavam que estes felinos podiam sentir se uma mulher próxima não era virgem, o que supostamente os tornava mais agitados.

Por último, e não menos bizarro, acreditava-se que avestruzes podiam comer metal. Portanto, enquanto o elefante comeu carne da melhor qualidade, estas aves eram alimentadas com pregos. Felizmente e infelizmente, não tiveram de aguentar esta ‘dieta metálica’ durante muito tempo porque morreram em pouco tempo.

ZAP //

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