A simples menção da palavra “radiação” frequentemente evoca reações de medo na maior parte das pessoas. Outras, no entanto, até achariam divertido apanhar um pouco de radiação — e transformarem-se num super-herói como o Hulk ou Homem Aranha. E o que isso tem a ver com as bananas?
Já deverá ter ouvido dizer que tudo à nossa volta, incluindo o que comemos, é ligeiramente radioativo. Até os nossos corpos têm radiação.
Isso inclui as bananas. Mas serão as bananas realmente radioativas? E será seguro comê-las?
De facto, as bananas contêm uma pequena quantidade de radiação, que está relacionada com o seu alto índice de potássio — uma pequena parte do qual é radioativo, explica Sarah Loughran, investigadora da Universidade de Wollongong, na Austrália, ao The Conversation.
A radiação consiste em energia transportada por ondas ou partículas, e pode ter fontes naturais, como é o caso da radiação cósmica vinda do Sol e presente no espaço. As rochas, o ar e a água também emitem radiação natural.
Entre as fontes artificiais de radiação incluem-se as máquinas de raio-X e outros equipamentos médicos, telemóveis e linhas de energia elétrica.
Não é porque a radiação é natural ou artificial que é mais ou menos perigosa. Os danos causados pela radiação estão relacionados com o tipo, intensidade e tempo de exposição.
A radiação pode ser classificada em ionizante ou não-ionizante, dependendo do seu nível de energia. A primeira possui energia suficiente para remover um eletrão de um átomo. A segunda é menos energética, mas ainda pode levar átomos e moléculas a vibrar mais rapidamente.
Mas nem toda a radiação representa um risco para os humanos. Normalmente, exposições prolongadas a radiação ionizante, como é o caso dos raios-X, podem danificar tecidos celulares e o DNA humano. Mas a radiação não-ionizante também pode ser perigosa, como no caso dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol.
Em certas condições a radiação pode mesmo ser benéfica, como é o caso da que os médicos usam em tratamentos de quadro oncológico.
Mas a quantidade de radiação presente nos alimentos, mesmo no caso da banana “radioativa”, não é suficiente para causar qualquer dano nos humanos.
Assim, pode comer todas as bananas que quiser — pelo menos enquanto elas existirem. O fungo Fusarium oxysporum, que transmite às bananas uma doença conhecida como o “mal do Panamá”, está a ameaçar levar as bananas à extinção. Já imaginou um mundo sem banana?
Entretanto, infelizmente não há ainda estudos científicos que tenham permitido determinar a quantidade certa de radiação que nos permita transformar as pessoas em super-heróis.
Se houvesse super-heróis, talvez um deles pudesse salvar as bananas.
Escrevi um comentário sobre o resultado negativo deste tema que pode levar a uma “desinformação” mas pelos vistos não gostaram e apagaram o meu comentário. É preciso recordarmos que “quem conta um conto acrescenta um ponto” e que este texto pode levar a muitas informações erradas.
Caro leitor,
A informação, quando é rigorosa e verdadeira, nunca faz “mais mal do que bem”, como parece achar.
Nada neste texto leva a “informações erradas”, o texto está claro e rigoroso, no tom certo, e não embarcamos na lógica de que devemos tratar os nossos leitores como irresponsáveis ou incapazes de ler e compreender o que escrevemos.
Irresponsabilidade é não informar e deixar que rumores ou falsas notícias circulem — a verdadeira “desinformação”.
O seu comentário entra no âmbito dos que nos dizem que “não devemos dar estas notícias” quando, por exemplo, alertamos para mais um “desafio mortal” numa qualquer rede social — com o argumento de que “apenas o estamos a divulgar ainda mais”.
Discordamos totalmente. E combateremos sempre a ignorância.
Concordo plenamente.
Boa tarde, julgo que o título da notícia apela à sua leitura, mas também pode ser enganador. Neste caso, o corpo da notícia parece uma não-notícia. Não trás nada de interessante, não explica porque se fez referencia a radioatividade e super-heróis…….e sou a primeira a ser fã de aventuras de super-heróis! Muito vazia de conteúdos. E podem sempre alegar que só lê quem quer, mas o nível de interesse ou relevância é extremamente baixo.
Cara leitora,
Obrigado pela sua opinião, da qual discordamos totalmente.
Ao contrário do que sustenta, achamos a peça interessante e com conteúdo útil.
Em primeiro lugar, desmistifica o “medo” que as pessoas habitualmente sentem da “radiação”, dando a conhecer que há radioatividade em tudo o que nos rodeia — mas que é inofensiva.
Este é um dado que aparentemente a leitora já conhecia, mas que grande parte dos leitores (e o autor da notícia) desconheciam.
Em segundo lugar, a notícia acrescenta um detalhe interessante: de todas as coisas que nos rodeiam que têm radioatividade (inofensiva) uma das que mais a tem (ainda em quantidades inofensivas) é a banana.
E porquê?
Porque a banana tem potássio, parte do qual apresenta níveis de radioatividade mais elevados, explica a notícia.
Aparentemente a leitora já conhecia este facto, ou não o acha interessante. Nós, que não conhecíamos, achamos que os restantes leitores (ou alguns deles) também não conheciam e acham interessante.
Em terceiro lugar, a notícia tem seis parágrafos a dar informações sobre os diferentes tipos de radiação que existem, quais são as benéficas e prejudiciais, e em que situações.
Alguns leitores, que não a leitora, talvez achem interessante ficar a conhecer esta informação.
Em quarto lugar, a notícia recorda que a banana está em vias de extinção e pode desaparecer. Já fizemos uma notícia só sobre isso, gastámos um parágrafo a recordar o assunto aos nosso leitores que já o sabem (e a dar esse assunto a conhecer aos que não leram a noticia original).
Em quinto lugar, acrescentámos à notícia um toque de humor com uma referência a super-heróis. Não é “informação” (os super-heróis não existem). É um toque de humor.
E não achámos necessário explicar aos leitores, porque qualquer fã de super-heróis, como a leitora, sabe o que a radioatividade tem a ver com super-heróis. Continuamos a não ver necessidade de explicar.
Portanto, não achamos que a notícia não tem interesse para os nossos leitores.
Tem aparentemente zero interesse para a leitora.
Mas o ZAP não faz só notícias que tenham interesse para TODOS os leitores. Se assim fosse, faria ZERO notícias.
O ZAP faz notícias que alguns, ou muitos, leitores acham interessantes e úteis, e alguns ou muitos acham inúteis.
E para estes últimos, faz outras notícias, que acharão mais úteis e interessantes.
Lamentamos que não tenha achado esta notícia interessante, e respeitamos a sua opinião.
Mas estamos certos de que encontra no ZAP notícias que achará interessantes — ou até, quem sabe, muito interessantes. A maior parte delas, até, sem qualquer toque de humor.
Porque fazemos notícias de todos os tipos, para diferentes interesses.
Se fizéssemos apenas um tipo concreto de notícias, corríamos o risco de fazer apenas notícias sobra bananas ou sobre radioatividade — deixando a leitora sem nada de interessante para ler no ZAP.