Portugueses The Black Mamba apuram-se para a final da Eurovisão

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Portugal está na final da 65.ª edição do Festival Eurovisão da Canção com a canção “Love Is On My Side”, interpretada pelos The Black Mamba, e que vai decorrer no sábado, em Roterdão (Países Baixos).

Portugal foi o quinto finalista anunciado na segunda semifinal que decorreu esta quinta-feira, na qual também se apuraram para a final a Albânia, com o tema “Karma”, a Sérvia, com “Loco Loco”, a Bulgária, com “Growing Up Is Getting Old”, a Moldávia, com “SUGAR”, a Islândia, com “10 Years”, San Marino, com “Adrenalina”, a Suíça, com “Tout l’Univers”, a Grécia, com “Last Dance”, e a Finlândia, com “Dark Side”.

“Discoteque”, da Lituânia, “Russian Woman”, da Rússia, “Voices”, da Suécia, “El Diablo”, do Chipre, “Fallen Angel”, da Noruega, “The Wrong Place”, da Bélgica, “Set Me Free”, de Israel, “Mata Hari”, do Azerbaijão, “Shum”, da Ucrânia, e “Je Me Casse”, de Malta, foram as primeiras dez músicas apuradas na primeira semifinal, que decorreu na terça-feira, e que juntamente com os temas apurados ontem compõem a final do concurso, que se vai realizar no sábado.

Na final competem 26 países: dez escolhidos na terça-feira, durante a primeira semifinal, outros dez selecionados esta quinta-feira e há seis países que têm entrada direta, os chamados “Cinco Grandes” (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido) e o país anfitrião (Países Baixos).

Embora esteja muito longe de ser dado como potencial vencedor este ano, Portugal tem vindo a subir nas casas de apostas desde que os The Black Mamba chegaram a Roterdão e onde já participaram em vários ensaios, que são divulgados pela organização no site oficial do concurso.

Com “Love Is On My Side”, Portugal leva à Eurovisão, pela primeira vez, uma canção integralmente em inglês, composta por Tatanka, vocalista dos The Black Mamba, banda formada em 2010 e que se move no universo dos blues, da soul e do funk.

Em paralelo com os The Black Mamba, Tatanka iniciou uma carreira a solo em 2016, “num registo mais pessoal e de regresso às suas raízes, contando histórias e apresentando temas originais em português”. O álbum de estreia, “Pouco Barulho”, chegou em 2019.

A canção portuguesa tem despertado a atenção dos holandeses, visto que a letra é inspirada na história de vida de uma mulher que a banda conheceu em Amsterdão, no ‘Red Light District’.

“Nós escrevemos esta música com a esperança de estarmos nesta posição e que ela pudesse ouvir a música porque nós não temos o contacto dela, já nem do nome dela nos lembramos. E esta é a história dela, é uma história super triste, desde que saiu dos países de leste, cheia de sonhos, cheia de paixões e depois problemas de adição de droga, toxicodependência que depois a levaram à prostituição… E apesar de a vida ter sido tão chunga para ela, ela sempre acreditou que o amor esteve do lado dela”, contou Tatanka, em declarações à RTP.

A 65.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, que se realiza anualmente na Europa desde 1956, deveria ter acontecido em maio do ano passado, em Roterdão, mas a União Europeia de Radiodifusão decidiu adiá-la um ano, por considerar que não estavam reunidas condições para a sua realização, por causa da pandemia da covid-19.

Portugal participou no concurso pela primeira vez em 1964, tendo, entretanto, falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016). Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014, 2015 e 2019, Portugal falhou a passagem à final.

Portugal venceu pela primeira e única vez o concurso em 2017, com o tema “Amar Pelos Dois”, interpretado por Salvador Sobral e composto por Luísa Sobral. Na sequência da vitória, Lisboa acolheu, no ano seguinte, a competição.

// Lusa

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