A administração da Tesla está a ser processada por um pequeno investidor pelo esquema de prémios que acordou com o CEO Elon Musk.
Richard Tornetta, um pequeno acionista e designer gráfico, levou a administração da Tesla a tribunal , uma vez que, na sua opinião, o esquema de incentivos acordado com Elon Musk, que é CEO e o maior accionista (cerca de 20%), é demasiado elevado.
O juiz determinou que o processo tem mérito, pelo que a administração da Tesla vai ter de ir a tribunal provar que os direitos dos acionistas estão a ser respeitados e que os prémios a Musk não colocam a empresa em risco.
Há pouco mais de um ano, de acordo com o Observador, a administração da Tesla acordou com o seu CEO um sistema de incentivos curioso. Perante um plano ousado para os próximos anos apresentado por Musk, a administração pediu um sinal de confiança na estratégia ao homem que a iria tentar implementar. Musk prontificou-se a trabalhar “à borla”, sem vencimento ou prémios anuais, até que a Tesla atingisse um valor de mercado de 650 mil milhões de dólares, transformando-se numa das mais valiosas do mercado.
Só se este objetivo fosse alcançado na próxima década é que Musk receberia um prémio num valor que a administração avaliou em 2,6 mil milhões de dólares.
Na altura em que foi feito este acordo, a Tesla valia 39 mil milhões de dólares – ou seja, mais do que a Ford (36) e o Grupo Hyundai/Kia (25), mas menos que a BMW (42), Honda (42), Daimler (49), General Motors (52), Grupo Volkswagen (80) e a Toyota (211).
O desafio de Musk consistia em não receber um cêntimo durante anos para receber um prémio milionário dentro de uma década, caso o fabricante americano de carros elétricos atingisse uma capitalização bolsista de 650 mil milhões de dólares, ou seja, quase 17 vezes mais.
Durante mais de um ano, ninguém terá achado excessivo o esquema proposto pelo CEO e aprovado com 73% dos votos dos acionistas – talvez porque poucos acreditavam ser possível atingir aquela meta. Contudo, essa meta alegadamente irrealista seria suficiente para Musk colocar toda a sua criatividade e esforço no trabalho, o que só por isso valeria o “risco” de ter que pagar-lhe 2,6 mil milhões, caso a Tesla suba de 39 para 650 mil milhões em 10 anos.
Porém, Tornetta, que achou o prémio excessivo, partilhou as suas preocupações com o tribunal, com um juiz a decidir que necessitava de ouvir as justificações para o acordo assinado entre a Tesla e o seu CEO. Agora, resta aguardar para ver como corre o julgamento.
A lista das empresas mais valiosas do planeta tem a Apple à frente, com 206 mil milhões de dólares, seguida da Google (168), Microsoft (123) e Amazon (97).
para trabalhar e aplicar a criatividade de borla durante 10 anos, está tudo bem, mas se suspeita que afinal tem de pagar ao homen, então ai sim já é um problema