Futebol: afinal, o tempo útil em Portugal é maior do que na Premier League

Futebol profissional em Portugal contribuiu com valor recorde para o PIB. Em campo, os números podem surpreender.

Em 2021/22 futebol profissional contribuiu com 617 milhões de euros para o PIB, na temporada passada. É um aumento de 11,5% e um recorde absoluto.

O Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal apresentou um valor de cerca de 214.5 mil milhões de euros, ao longo do ano passado.

O que significa que o futebol profissional representa cerca de 0,3% do PIB, olhando para as contas de 2021.

O regresso do público aos estádios, o consequente aumento das receitas de bilheteira e as participações das equipas portuguesas na Liga dos Campeões foram essenciais neste aumento.

O futebol profissional em Portugal gerou um volume de negócios de 917 milhões de euros (mais 12,2% do que na temporada anterior), acrescenta o Anuário do Futebol Profissional Português, apresentado nesta terça-feira.

Os dois principais campeonatos – I Liga e II Liga – foram directamente responsáveis por 3.595 postos de trabalho. Uma descida de 3,6%, comparando com 2020/21.

Um total de 319 milhões foi pago em salários: 243 milhões para jogadores, 37 milhões para treinadores e 36 milhões para funcionários.

Tempo útil

Deixando a economia e olhando para números relacionados com o jogo em si, o tempo útil destacou-se na apresentação da Liga Portugal, no Media Partners Day.

Os dados são desta época, 2022/23, e revelam que a I Liga portuguesa tem 55,6% de tempo útil de jogo, nas 13 jornadas realizadas até agora.

O tempo útil subiu 5,4% em relação à época anterior e, segundo a Liga Portugal, é consequência das conversas que houve com todos os protagonistas, no Verão passado.

Na época passada – e não nesta – a Premier League, considerada a mais espectacular do planeta, teve um tempo útil menor (53,6%).

Aliás, em 2021/22, entre os cinco principais campeonatos europeus de futebol, só o francês apresentou número maior de tempo útil; 55,7%. Na Alemanha jogou-se 54,8% do tempo total, em Itália 54,3% e em Espanha 52,6%.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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