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Tempestades, ondas de calor e ciclones: quais foram os 10 desastres naturais mais mortíferos dos últimos anos?

Josh Estey / EPA

A WWA sinalizou as catástrofes naturais mais letais dos últimos 20 anos. Todas elas foram alimentadas pelas alterações climáticas, aponta a associação.

As chuvas torrenciais e inundações devastadoras que esta semana provocaram mais de 150 mortos na região de Valência, são uma tragédia a acontecer aqui mesmo ao lado.

Mas, à escala das grandes catástrofes que atingiram a humanidade ao longo da História, são um incidente de pequenas proporções — para todos, menos os familiares e amigos das vítimas da tempestade que assolou a costa oeste de Espanha.

Em 2011, foram 258 mil as mortes provocadas pela seca no Corno de África. Foi o desastre natural mais letal das duas últimas décadas, de acordo com um estudo da World Weather Atribution (WWA).

Mas também os ciclones foram responsáveis por centenas de milhares de mortes, nomeadamente o “Nargis”, que matou 138,366 pessoas no Myanmar em 2008.

A onda de calor que se fez sentir na Rússia em 2010 fez 55,736 mortes, e a lista de vítimas mortais sucede-se aos milhares no mapa num artigo publicado esta quinta-feira pela organização ambiental.

WWA

Desastres naturais que mais mataram na última década.

Os ciclones, ondas de calor, inundações e secas mataram nas duas últimas décadas mais de 570 mil pessoas. Mas a investigação levada a cabo pela WWA vai além da contabilização de óbitos: prova que as alterações climáticas estão mesmo a tornar cada vez mais recorrentes estes fenómenos.

Friederike Otto, co-fundadora e diretora da WWA, disse à SkyNews que “as alterações climáticas não são uma ameaça distante”, e mesmo as cheias que neste momento arrasam Valência foram instigadas pelo aquecimento global.

“Este estudo deveria abrir os olhos aos líderes políticos que se agarram aos combustíveis fósseis que aquecem o planeta e destroem vidas”, alertou. “Se continuarmos a queimar petróleo, gás e carvão, o sofrimento vai continuar“.

No estudo, resultante de 10 anos de investigação, lê-se que “são cada vez menos os riscos meteorológicos que podem ser descritos puramente como ‘naturais'”.

As alterações climáticas, nomeadamente o aquecimento global de 1,3º já provocado pelo Homem, agravam a seca, tornando a escassez de chuva mias provável. Mas também as chuvas fortes e os ciclones são provocados pelo aquecimento global.

Em novembro, terá lugar a COP29 no Azerbaijão, onde os líderes mundiais vão voltar a reunir-se para discutir as alterações climáticas, num período em que o Programa das Nações Unidas para o Ambiente alertou para um possível aumento do aquecimento global até 3,1º.

ZAP //

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