Para além do caso das obras no Hospital Militar de Belém, há ainda suspeitas de corrupção na limpeza de terrenos militares, em serviços de transportes e na compra de armamento para as Forças Armadas.
À medida que os dias passam, sabemos cada vez mais contornos do esquema de corrupção a ser investigado na Operação Tempestade Perfeita. De acordo com a TVI e a CNN Portugal, há várias empresas de fachada que assinaram contratos de milhares de euros com a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional quando Alberto Coelho a dirigia.
Alberto Coelho — que era militante do CDS e até presidiu o Conselho de Jurisdição e que foi entretanto suspenso por Nuno Melo — é um dos principais suspeitos no caso devido ao seu envolvimento no ajuste directo que financiou as obras no Centro de Apoio Militar, cujo custo foi quase o triplo do que estava orçamentado.
O esquema destas obras envolveria mais altos quadros do Ministério da Defesa que celebraram os contratos com as empresas TRXMS e Weltbauen, com a vistoria a ficar a cargo da Roma Premium. Todas estas empresas estão ligadas a André Barros, Manuel Sousa e Paulo Machado, outros três detidos no âmbito do processo.
Estas três empresas são também suspeitas de trabalhos não executados ou sobrevalorizados e de corromperem os altos funcionários da Defesa, que lhes atribuíram as obras sem concurso público e por ajuste directo, em troca de dinheiro. O argumento usado para não haver o concurso foi a urgência, já que o Centro de Apoio Militar teria como fim dar ajuda na resposta à pandemia.
Para além do caso das obras, há suspeitas de que Alberto Coelho tenha também estado envolvido noutros esquemas de corrupção ligados à limpeza de terrenos militares, a serviços de transportes e à compra de armamento para as Forças Armadas.
O ex-Ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, teve conhecimento das suspeitas e afastou Alberto Coelho da Direcção-Geral de Recursos da Defesa Nacional em junho de 2021, após tê-lo defendido publicamente várias vezes. Cravinho também lhe deu mais tarde a presidência da Empordef, empresa pública de tecnologias de informação, o que foi amplamente criticado pela oposição.
O principal suspeito era militante do CDS e até presidente do Conselho de Jurisdição Nacional.
Foi agora suspenso mas já tinha sido condenado anteriormente como foi publicamente noticiado.
Esta suspensão é então poeira para os olhos.
Como se vê corrupção é coisa que agrada a muitos e não apenas aos denominados ” xuxas”.
O que me espanta é toda esta estupefação pela corrupção nas forças armadas, qualquer pessoa que tenha feito tropa sempre suspeitou que existia muitas artimanhas e negociatas no mundo militar. corrupção que já existe a décadas.
E se investigassem a vergonha que é o abastecimento de bens alimentares…