Temperaturas sobem no interior do país. Mais de 20 concelhos em risco elevado de incêndio

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Elvira Urquijo A. / EPA

O IPMA prevê para esta segunda-feira uma subida da temperatura máxima nas regiões do interior, em especial no Norte e Centro, e vento forte na faixa costeira ocidental.

Mais de 20 concelhos do interior Norte e Centro, Alentejo e Algarve apresentam esta segunda-feira um risco muito elevado de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Cerca de 50 municípios dos distritos de Bragança, Vila Real, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Leiria, Santarém, Portalegre, Lisboa, Beja e Faro, estão sob risco elevado.

Segundo o IPMA, em risco muito elevado estão mais de duas dezenas de concelhos dos distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Beja e Faro.

As temperaturas mínimas no continente vão oscilar entre os 14 graus Celsius (na Guarda e em Viseu) e os 23.º (em Faro) e as máximas entre os 23.º (em Aveiro) e os 36.º (em Évora e Beja).

Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas. O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo.

Rede Nacional de Postos de Vigia reforçada

A Rede Nacional de Postos de Vigia para vigilância e deteção de incêndios rurais vai ser reforçada nesta segunda-feira com a entrada em funcionamento de mais 153, passando a estar ativos em todo o país 230 postos.

Estes 153 novos postos de vigia fazem parte da rede secundária e vão juntar-se aos 77 que já estavam em funcionamento desde 7 de maio.

No total e durante a época mais crítica de fogos, até 15 de outubro, vão estar ativos 230 postos com 920 operadores, que asseguram o funcionamento 24 horas por dia. Os 77 postos de vigia, que constituem a rede primária, estão em funcionamento entre 7 de maio e 6 de novembro.

A Rede Nacional de Postos de Vigia é coordenada pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e integra o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais de 2020.

Segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), este ano foi feito um balanceamento de cinco postos de vigia da rede secundária para a rede primária, permitindo “uma cobertura mais completa e eficaz do território nacional”, nomeadamente nos distritos de Vila Real, Castelo Branco e Aveiro.

O MAI precisa que a atividade da Rede Nacional de Postos de Vigia na área da vigilância e deteção de incêndios rurais nascentes permite “uma intervenção dos meios de combate de forma mais célere e precisa”.

Além do alerta às entidades responsáveis pelo combate, a rede de postos de vigia contribui ainda para a georreferenciação da ocorrência, através do processo de triangulação e da produção de informação complementar útil de apoio à decisão operacional.

A fase mais crítica de incêndios vai começar na quarta-feira com um novo reforço de meios de combate, passando a estar operacionais, até 30 de setembro, 11.825 operacionais, 2.746 equipas, 2.654 veículos e 60 meios aéreos.

Os meios são este ano reforçados em 3% face a 2019, nomeadamente com mais guardas florestais e sapadores florestais.

Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas dão conta de que se registaram, entre 1 de janeiro e 28 de junho, 2.035 incêndios rurais que resultaram em 3.886 hectares de área ardida, 55% dos quais referente a matos, 39% a povoamentos florestais e 7% a terrenos agrícolas.

ZAP // Lusa

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