Um estudo concluiu que imaginar-se a deitar a comida fora e fazer a mímica desses movimentos pode ajudar a reduzir o impulso por alimentos calóricos e pouco saudáveis,
Alguma vez tem um desejo incontrolável por pizza? Ou batatas fritas? Ou comida pouco recomendável, no geral? Um novo estudo publicado na Appetite concluiu que há um truque visual simples que o pode ajudar a controlar os desejos.
A pesquisa concluiu que imaginar que tem a comida à sua frente e afastá-la ou deitá-la fora ajuda a reduzir o impulso para comer alimentos calóricos. O estudo baseou-se em duas técnicas de tratamentos comportamentais — retreino imaginal, que tenta criar um mau-humor e depois pode ao indivíduo que se imagine a deitar a sua comida calórica favorita fora, fazendo o gesto; e os 3Ps (pull, pause, push), que faz com que as pessoas se imaginem a trincar o alimento e a deitá-lo fora, também com mímica.
Os autores acreditavam que o método 3P seria mais eficaz na mudança dos hábitos alimentares. Foram recrutados 1016 participantes de uma plataforma online e foram incluídos no estudo os que admitiram querer reduzir os seus desejos por comida calórica, escreve o PsyPost.
Os voluntários foram divididos em cinco grupos, sendo que todos os grupos viram as mesmas imagens de comida calórica e gordurosa. O primeiro grupo era o controlo, com os participantes apenas a ver a foto. No segundo, os voluntários viram a foto, fecharam os olhos e imaginaram-se a fazer zoom out da imagem.
No terceiro grupo, os voluntários fizeram o retreino imaginal sem a mímica e os membros do quarto fizeram o retreino com a mímica. Já os participantes do quinto grupo seguiram a técnica 3P.
Depois, os inquiridos voltaram a ver a imagem e avaliaram o seu nível de desejo da comida. Contrariamente ao esperado, os resultados mostraram que o quarto grupo teve a maior redução nos desejos. Ou seja, o grupo que se imaginou a deitar a comida fora e fez os gestos nesse sentido sentiu um impulso menor para comer alimentos pouco saudáveis.
A equipa reconhece que a pesquisa tem algumas limitações. Por exemplo, não se sabe se os participantes tinham obesidade, podendo os resultados mudar se a amostra fosse apenas com pessoas obesas. A pesquisa também só mediu a redução no desejo imediatamente após a visualização, não havendo forma de saber se a técnica é eficaz a longo prazo.
