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Taxistas desmobilizam. Jornalistas atingidos por ovos durante discurso

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Tiago Petinga / Lusa

Os jornalistas que faziam a cobertura do discurso que ditou o final do protesto de oito dias dos taxistas, contra a entrada em vigor da lei que regula o transporte em veículos descaracterizados, foram atingidos por ovos.

Os taxistas em protesto em Lisboa, contra a lei das plataformas eletrónicas de transporte de passageiros, decidiram hoje “desmobilizar de forma ordeira”, após a promessa do PS de transferir as competências de licenciamento para as câmaras municipais.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida, hoje “é um dia muito triste”, porque o setor ainda não conseguiu “uma vitória total”.

Mas o responsável assumiu a felicidade de ter mostrado “a Portugal inteiro” que a classe não corresponde à imagem que lhe é atribuída, tendo em conta a forma pacífica como decorreram as concentrações dos últimos dias.

Entretanto, durante o discurso de Florêncio de Almeida, os jornalistas presentes foram atingidos por ovos lançados pela multidão que se encontrava concentrada na Praça dos Restauradores, em Lisboa.

Assim que percebeu o que tinha acontecido, o presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), Carlos Ramos, interrompeu o discurso de Florêncio de Almeida para condenar a atitude.

Não estraguem, não estejam a mandar ovos para a comunicação social. As pessoas estiveram aqui a trabalhar connosco, são profissionais como vocês, são quando andam a conduzir um táxi e não gostam de ser maltratados. Por isso não têm de maltratar as pessoas que estão aqui a fazer a sua função”, afirmou.

O responsável instou ainda os presentes a denunciarem o autor do ato. “É condenável, quem se apercebeu de quem fez isto deve comunicar quem foi a pessoa que mandou os ovos”, disse. Mais tarde, em declarações aos jornalistas, o presidente da FPT voltou a pedir desculpa pelo incidente.

Os taxistas estiveram em protesto durante oito dias, desde dia 19, contra a entrada em vigor, a 01 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal — Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé, com concentrações em Lisboa, Porto e Faro.

// Lusa

3 Comments

  1. É impossível limparem a imagem dos taxistas, são como são, não mudam!
    Os taxistas só têm uma hipótese, aprenderem a coexistir com a concorrência, reinventarem-se, evoluírem e melhorarem. Talvez aí as pessoas consigam olhar para eles com outros olhos.
    Até lá, vamos continuar a andar de Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé

  2. … … “a felicidade de ter mostrado “a Portugal inteiro” que a classe não corresponde à imagem que lhe é atribuída”… … viu-se o “pacifismo” e a “imagem” desta classe ao atirarem ovos contra os jornalistas… E depois pedem RESPECT…!!! Por mim, não levam um tusto!

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