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Taxista detido na manifestação condenado a multa de 1.950 euros

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Mário Cruz / Lusa

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Um dos três detidos pela PSP durante a manifestação dos taxistas em Lisboa foi esta sexta-feira condenado a pagar uma malta de 1.950 euros pelo crime de dano qualificado.

Bruno Hernando foi condenado hoje por ter estragado um espelho retrovisor de um carro da PSP que, na altura da manifestação, estava estacionado na Rotunda do Relógio.

O tribunal de pequena instância criminal de Lisboa decidiu que a multa a atribuir ao taxista é de 325 dias a uma taxa diária de seis euros, o que totaliza 1.950 euros.

O tribunal decidiu ainda que o taxista vai ter de pagar 185,15 euros, correspondente ao valor da reparação do espelho retrovisor da viatura.

Na sessão realizada a 20 de outubro, o arguido tinha alegado que danificou involuntariamente o espelho retrovisor devido ao estado de nervos em que se encontrava na altura do protesto, uma versão contrariada pelos agentes da PSP que efetuaram a detenção.

Este crime tem uma moldura penal até cinco anos de prisão, mas como o arguido não tem antecedentes criminais, o Ministério Público pediu uma pena de multa até 600 dias e o pagamento da indemnização civil pedida pelo Estado de 185 euros.

Também a defesa considerou que o taxista deve apenas incorrer numa pena de multa.

Os outros dois detidos, um indiciado por dano qualificado e o outro por posse de arma ilegal e coação a funcionário com arma, também estão a ser julgados em processo sumário.

O protesto dos taxistas, que se realizou a 10 de outubro, deveria ter seguido até à Assembleia da República, mas não avançou além da Rotunda do Relógio, onde ocorreram confrontos com a polícia, tendo os manifestantes bloqueado a zona do aeroporto de Lisboa durante mais de 15 horas.

O protesto dos taxistas esteve relacionado com as novas regras para as plataformas eletrónicas como a Uber e a Cabify.

/Lusa

2 Comments

  1. E quem paga o veículo da Uber que destruiram e que todo o país viu nas televisões em directo? Ao menos espero que não aleguem falta de testemunhas…
    Eu até agradeço à Antral! No dia em que ocorreu aquela vergonhosa manifestação, própria de um país terceiro-mundista (que somos, é um facto!), aderi logo à plataforma Uber e jurei que não voltava a andar de táxi. Não podia estar mais satisfeito com essa decisão: o serviço é excepcional e os preços são mais baratos. Nunca mais ouvi um arroto durante o trajecto (sim, é verdade, aconteceu mesmo!), nem a “bola” em altos berros no rádio do taxista (sim, porque taxista que se presa além de ser do Benfica, deve ser surdo, porque o volume do som durante os relatos é certamente sintoma de surdez),
    Viva a Uber!!!

  2. Pra este taxista arruaceiro ( como quase todos aliás), saiu-lhe cara a palhaçada. No futuro, vai pensar duas vezes antes de se armar em palhaço, a esbracejar, a bater com as mãos no peito, estilo troglodita.
    Agora paga e pra proxima….juizinho!

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