Republicana do Arizona propôs taxar pornografia para pagar muro na fronteira com o México

Uma congressista estadual do Arizona apresentou uma proposta de lei que passava por taxar pornografia de forma a obter financiamento par pagar a construção do muro na fronteira com o México. Gail Griffin já desistiu da ideia.

A republicana Gail Griffin, uma congressista estadual do Arizona, propôs uma nova lei no seu estado para ajudar a financiar a construção do muro na fronteira com o México. A ideia passava por bloquear o acesso a todos os sites pornográficos e cobrar cerca de 20 dólares aos clientes que provem que têm mais de 18 anos e os queiram desbloquear.

Segundo o jornal Arizona Capitol Times, Gail Griffin foi alvo de várias críticas consequentes desta proposta, acabando por desistir da ideia.

O Diário de Notícias adianta que o dinheiro seria usado para criar o “Fundo de prevenção do tráfico humano e da exploração sexual John McCain”, numa homenagem ao falecido senador do Arizona.

Por sua vez, esta fundo seria usado para dez iniciativas, desde compensar vítimas de crimes ou “prevenir e proteger vítimas de tráfico humano, violência doméstica, prostituição, divórcio, abuso infantil ou violência sexual”.

Ainda assim, o primeiro ponto é mesmo “construir um muro na fronteira entre o México” e o Arizona “ou financiar segurança fronteiriça”.

Para ser aprovada, a proposta de lei teria que contar com o apoio de dois terços da Câmara de Representantes do Arizona, na qual os republicanos têm, atualmente, 31 dos 60 lugares. Além disso, exigiria que as empresas que fazem ou vendem equipamento eletrónico neste estado instalassem um software que bloqueasse a pornografia.

Para desbloquear, cada utilizador teria que provar ter 18 anos e pagar 20 dólares – uma única vez, por cada site.

Mike Stabile, porta-voz para a Coligação pela Liberdade de Expressão (uma organização sem fins lucrativos que faz lóbi a favor da indústria do entretenimento adulto), disse ao Arizona Mirror que esta proposta “é claramente inconstitucional“.

Ao Arizona Capitol Times, Gail Griffin afirmou que a ideia para o imposto veio de um dos seus eleitores e que, depois do escrutínio dos media, a medida não irá avançar.

ZAP //

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