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Tartarugas marinhas usam táticas de distração para proteger os seus ninhos dos predadores

Brocken Inaglory / Wikimedia

Duas espécies de tartarugas marinhas em risco de extinção recorrem a táticas de distração para proteger os seus ninhos dos predadores, concluiu um estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia.

Depois de depositarem os seus ovos, as tartarugas-de-couro e as tartarugas-de-pente dedicam muito tempo e esforço a espalhar areia junto ao ninho.

Os cientistas acreditam que este comportamento visa proteger os ninhos: as tartarugas investem muito tempo e esforço a espalhar areia junto ao local, visando criar uma espécie de camuflagem do ninho e tentando assim manter os predadores afastados.

Este processo ocorre depois de o ninho estar concluído e antes das tartarugas regressarem ao mar, recordam os especialistas, citados pela agência Europa Press.

“A nossa investigação lança uma nova luz sobre o comportamento das tartarugas marinhas que nidificam. Acompanhamos de perto a atividade e os movimentos da tartaruga-de-pente e tartaruga-de-couro durante a fase final de ‘dispersão de areia’ da nidificação”, começou por explicar Malcolm Kennedy, professor de História Natural da Universidade de Glasgow e autor do estudo, citado em comunicado.

“As nossas descobertas apoiam fortemente a ideia de  que [estes animais] criam uma série de ‘ninhos-isca’ para tentar travar a descoberta dos seus ovos por predadores”.

Os cientistas acreditam que este comportamento pode explica por que, apesar de todos os riscos adicionais, as tartarugas fêmeas permanecem na praia, longe da segurança do mar, a trabalhar para melhorar a segurança do seus ovos”.

E concluiu: “[Estas tartarugas] podem passar mais tempo a fazer isto do que em qualquer outro lugar do ninho extraordinariamente elaborado (…) Encontramos comportamentos semelhantes em duas espécies de tartarugas que compartilhavam um ancestral comum há mais de 100 milhões de anos, quando os dinossauros ainda governavam a Terra. O que [estes animais] fazem deve ser extremamente importante para os filhotes, que depositam como ovos na areia e nunca a veem”.

Os resultados da investigação foram publicados na Royal Society Open Science.

ZAP //

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