TAP deverá fechar 2022 com lucros pela primeira vez desde 2017

A TAP deverá fechar o ano de 2022 com lucros, após cinco anos de prejuízos. Esse fecho positivo deve-se ao bom momento do turismo e uma forte política de corte de custos por parte da equipa de Christine Ourmières-Widener.

Segundo avançou esta sexta-feira o ECO, em 2020 e 2021, a companhia registou prejuízos recordes de 1,2 mil milhões e 1,6 mil milhões de euros, respetivamente. A Comissão Europeia aprovou então um plano de reestruturação de 2,6 mil milhões de euros e mais 537 milhões de euros em apoios de assistência.

A última vez que a companhia aérea terminou um ano com lucros foi em 2017, com a TAP a registar lucros de 23 milhões de euros e resultados operacionais de 106 milhões de euros.

Se o cenário de lucro se verificar, significará uma antecipação do plano de reestruturação da empresa em dois anos. E ficará também acima dos 54 milhões de euros de prejuízo previstos inicialmente para este ano, anunciado por Pedro Nuno Santos, então ministro das Infraestruturas e Habitação, em maio.

Entre janeiro e setembro, a TAP contabilizou prejuízos de 91 milhões de euros, uma melhoria de 20 milhões de euros face ao período homólogo de 2019. Em junho, os resultados líquidos da empresa eram de 202 milhões de euros, um valor 60% inferior ao registado nos primeiros seis meses de 2021.

A recuperação financeira da empresa deve-se à recuperação do turismo para níveis pré-pandemia; ao desenvolvimento do plano de reestruturação – cortes salariais e redução do número de funcionários; e à gestão de risco financeiro através da realização de operações de cobertura cambial.

As contas dos primeiros nove meses do ano revelaram custos com juros da dívida ligeiramente abaixo ao registado no ano anterior, devido à conversão do empréstimo do Estado de 1,2 mil milhões de euros em capital próprio.

Além disso, a empresa apresenta níveis de liquidez semelhantes aos registados em 2019, contabilizando no final de setembro 775 milhões de euros em caixa.

Em 2023, a empresa deverá reembolsar em 200 milhões de euros os investidores que detêm as obrigações emitidas em 2019. Em 2024, terá lugar um novo reembolso obrigacionista, no valor de 375 milhões de euros, como resultado de uma emissão colocada junto de institucionais em novembro de 2019.

ZAP //

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