Taça de Portugal: Sporting vence Benfica de virada e faz a dobradinha

José Sena Goulão / Lusa

O ano do “leão”. Após o bicampeonato, o Sporting conquistou a 18ª Taça de Portugal, ao bater o Benfica na final do Jamor. Os “encarnados” marcaram primeiro, mas os de Alvalade empataram de penálti, no último lance do tempo regulamentar. No tempo extra, os comandados de Rui Borges ditaram leis.

Foi de virada que o Sporting venceu este domingo o Benfica, na final da Taça de Portugal 2024-25.

Os encarnados apresentaram-se em campo em 3-4-2-1, um sistema tático diferente do habitual, com o qual Bruno Lage surpreendeu a equipa adversária.

Os encarnados dominaram durante a primeira parte, os leões demoraram a adaptar-se às alterações introduzidas pelo treinador das águias, e Pavlidis enviou a bola ao poste — para lá desviada com a pontinha dos dedos pelo guardião leonino, Rui Silva.

Mas a partida chegou ao intervalo empatada a zero.

No início da segunda parte, o Benfica voltou a entrar melhor, e logo aos 47 minutos marcou o golo inaugural da partida, por Orkun Kökçü, com um remate forte e rasteiro, de fora da área, que entrou junto ao poste.

Dois minutos mais tarde, o Benfica chegaria mesmo ao 2-0 que poderia ter encaminhado definitivamente a Taça para as mãos do capitão Otamendi, mas o golo foi anulado por falta de Carreras sobre Trincão no início do lance.

O Sporting conseguiu reorganizar-se e reagir à vantagem encarnada, passando a dominar o jogo, empurrando-o para junto da área de Bruno Varela, mas sem criar grande perigo.

Até que, no último minuto do tempo extra, surgiu o inevitável Viktor Gyökeres. Desmarcado por Trincão, o goleador sueco entrou na grande área do Benfica e foi rasteirado por Renato Sanches.

Na conversão da grande penalidade, o melhor marcador do Campeonato não perdoou, deixou também a sua marca na Taça de Portugal e empurrou a partida para prolongamento.

A reviravolta aconteceu aos 99 minutos. Após um cruzamento das esquerda para a pequena área, o dinamarquês Conrad Harder subiu ao terceiro andar, à moda de CR7, e cabeceou forte para dentro da baliza, fazendo o 2-1.

E foi já aos 120+1, quando o Benfica tentava o empate que levasse o jogo para as grandes penalidades, que Francisco Trincão sentenciou a partida. Resultado final: 3-1, Taça e dobradinha para os leões.

No ranking da prova, o Sporting, que não vencia desde 2018/19 e selou a sétima ‘dobradinha’ da sua história, 23 anos depois, manteve o terceiro lugar, com 18 títulos, atrás do Benfica, com 26, o último em 2016/17, e do FC Porto, com 20.

O Jogo em 5 Factos

1. “Leão” mais perigoso

É verdade que o Sporting beneficiou de uma grande penalidade, que representa 0,79, mas no final o que conta são os números. O “leão” terminou com 2,42 Golos Esperados (xG), contra somente 0,86 do Benfica.

2. Melhores ocasiões para os de Alvalade

O Benfica esteve perto de conquistar a Taça, mas feitas as contas, o Sporting foi mais perigoso. Basta olhar para as ocasiões flagrantes criadas para o perceber. Ao todo foram cinco para os “leões” e só uma para as “águias”.

3. Defesa sólida do “leão” mantém “águia” à margem

O Sporting rematou mais do que o Benfica. Foram 19 disparos contra 14. Ainda assim, o “leão” não precisou tanto de rematar de longe. Enquanto os “encarnados” esbarraram na solidez defensiva leonina, com sete remates de fora da área em 14, os “verdes-e-brancos” só precisaram de atirar cinco vezes de longa distância.

4. Muita pressão com poucos resultados

O Benfica pressionou mais do que o Sporting. A formação benfiquista realizou 21 acções defensivas no meio-campo contrário, contra apenas nove do Sporting.

5. Benfica muito faltoso

O jogo foi de muita luta, mas o Benfica levou essa ideia um pouco mais longe. Os “encarnados” acumularam 25 faltas, mais 11 que os “leões”.

Melhor em Campo

O Sporting pode ter sido mais perigoso, mas quando o Benfica cresceu e se aproximou do último terço, quem brilhou foi o guardião do Sporting. Rui Silva terminou como MVP, com sete defesas, uma a travar ocasião flagrante, e evitou 0,5 golos (defesas – xSaves).

Resumo

ZAP // GoalPoint

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