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Suspeitos dos ataques de Colónia podem nunca ser apanhados

(cv) The Young Turks / YouTube

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A polícia da cidade alemã revela agora que os suspeitos dos ataques sexuais na noite de passagem de ano podem vir a não ser apanhados porque as imagens de videovigilância não permitem ver esses abusos.

A situação foi reportada pelo próprio chefe da polícia de Colónia que, em declarações à BBC, lamenta que os vídeos das câmaras de vigilância não apresentem provas concretas.

“As imagens de videovigilância não são boas o suficiente para identificar de forma clara as agressões sexuais. Conseguimos ver alguns furtos mas é tudo”, explica Juergen Mathies.

“Estamos a contar com os relatos das testemunhas e a identificação das vítimas dos atacantes”, acrescenta.

Em causa está um sem número de suspeitos que, na noite de passagem de ano, terá atacado sexualmente mulheres nesta cidade alemã.

Segundo a BBC, a polícia identificou 75 suspeitos, sendo a maioria deles imigrantes ilegais do Norte de África. Cerca de treze homens foram detidos mas apenas um por suspeitas de ataques de cariz sexual.

O antecessor do chefe Mathies, Wolfgang Albers, chegou mesmo a ser despedido depois desta vaga de ataques. Um relatório oficial mostra que a polícia local cometeu “erros graves” por não ter chamado reforços e pela forma como alertaram a população.

Na altura, a polícia passou para os media a informação de que cerca de mil homens, organizados em grupos, tinham realizado uma série de ataques de cariz sexual a mulheres, junto à estação de comboios da cidade.

As fontes policiais garantiam ainda que os agressores eram refugiados sírios que tinham chegado recentemente à cidade.

Ao contrário do que foi dito, apenas três seriam realmente refugiados, dois originários da Síria e um do Iraque, que tinham chegado à Alemanha recentemente.

Estas informações atiçaram o intenso debate sobre a política de asilo no país, motivando manifestações de extrema-direita para pressionar a chanceler Angela Merkel a estabelecer um limite de entradas para refugiados na Alemanha, alterando a “política de portas abertas” inicial.

ZAP

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