A polícia da cidade alemã revela agora que os suspeitos dos ataques sexuais na noite de passagem de ano podem vir a não ser apanhados porque as imagens de videovigilância não permitem ver esses abusos.
A situação foi reportada pelo próprio chefe da polícia de Colónia que, em declarações à BBC, lamenta que os vídeos das câmaras de vigilância não apresentem provas concretas.
“As imagens de videovigilância não são boas o suficiente para identificar de forma clara as agressões sexuais. Conseguimos ver alguns furtos mas é tudo”, explica Juergen Mathies.
“Estamos a contar com os relatos das testemunhas e a identificação das vítimas dos atacantes”, acrescenta.
Em causa está um sem número de suspeitos que, na noite de passagem de ano, terá atacado sexualmente mulheres nesta cidade alemã.
Segundo a BBC, a polícia identificou 75 suspeitos, sendo a maioria deles imigrantes ilegais do Norte de África. Cerca de treze homens foram detidos mas apenas um por suspeitas de ataques de cariz sexual.
O antecessor do chefe Mathies, Wolfgang Albers, chegou mesmo a ser despedido depois desta vaga de ataques. Um relatório oficial mostra que a polícia local cometeu “erros graves” por não ter chamado reforços e pela forma como alertaram a população.
Na altura, a polícia passou para os media a informação de que cerca de mil homens, organizados em grupos, tinham realizado uma série de ataques de cariz sexual a mulheres, junto à estação de comboios da cidade.
As fontes policiais garantiam ainda que os agressores eram refugiados sírios que tinham chegado recentemente à cidade.
Ao contrário do que foi dito, apenas três seriam realmente refugiados, dois originários da Síria e um do Iraque, que tinham chegado à Alemanha recentemente.
Estas informações atiçaram o intenso debate sobre a política de asilo no país, motivando manifestações de extrema-direita para pressionar a chanceler Angela Merkel a estabelecer um limite de entradas para refugiados na Alemanha, alterando a “política de portas abertas” inicial.
ZAP