Supermercados admitem falhas de bens essenciais

Alguns supermercados em Portugal já admitem haver falhas de produtos, nomeadamente alguns bens essenciais, como lácteos, ovos, arroz e azeite.

A escassez de ovos que se sentiu durante os dias que antecederam o Natal não foi um caso pontual. É muito provável que o sinta agora com alguns produtos e que o venha a sentir com outros num futuro próximo.

Ao Expresso, algumas cadeias de distribuição admitem falhas no abastecimento de produtos, incluindo até bens essenciais. Ainda assim, garantem que são “falhas pontuais” e “não relevantes”.

“Os produtos que têm registado mais falhas são os lácteos, ovos e manteigas, mas antecipamos num futuro próximo algumas falhas de abastecimento de arroz e azeite. Por outro lado, casos pontuais de falta de vidro estão na origem de baixas temporárias de artigos como vinhos, cervejas e whiskies”, adianta a Dia Portugal.

A responsável pelos supermercados Minipreço realça que este é “um quadro mais preocupante do que no pico da pandemia”.

Por sua vez, a MC, dona do Continente, garante não ter problemas de abastecimento. Um cenário contrário, por exemplo, aos supermercados Pingo Doce, da Jerónimo Martins, que reconhece “falhas pontuais” na “comida para cães, ovos e produtos lácteos oriundos dos Açores”.

Ainda ao semanário, o Aldi assume estar a ser afetado por um “panorama geral de atrasos nas entregas de alguns laticínios”.

Também o Intermarché admite que “poderão existir alguns condicionamentos temporários de venda de produtos específicos em determinadas lojas”.

O Expresso fez uma ronda pelos supermercados e conferiu que “faltam algumas referências, quase sempre as mais baratas ou correspondentes a artigos em promoção”. Apesar disso, “há quase sempre alternativas” a estes produtos, garante o semanário.

“Há dificuldades logísticas devido à falta de transportes e de matérias-primas, mas neste momento também pesa o facto de haver tabelas de preços a aumentarem. Quando o fornecedor sobe preços, os operadores, no retalho, tendencialmente não aceitam e atrasam compras, o que pode criar dificuldades em alguns artigos durante algumas semanas”, disse ao semanário Manuel Augusto, dono de uma pequena rede de supermercados.

ZAP //

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