“Supermaioria” trabalhista histórica à vista no Reino Unido

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Já se fala em possível “ditadura” se o líder trabalhista ganhar com grande vantagem — como preveem todas as sondagens. Conservadores já aceitaram a derrota.

A pouco mais de uma semana das eleições legislativas, os conservadores britânicos já quase que aceitaram a derrota e passaram a alertar para o risco de uma “super-maioria” trabalhista, cenário antecipado por várias sondagens nas últimas semanas.

O ministro da Defesa, Grant Shapps, foi o primeiro torie (conservador) a usar o termo, mostrando-se “realista” sobre a probabilidade de uma vitória expressiva do Labour (Partido Trabalhista) nas eleições de 4 de julho, que poderá alcançar uma maioria absoluta histórica.

“Queremos ter a certeza de que no próximo governo, seja ele qual for, existe um sistema adequado de controlo”, afirmou Shapps à Times Radio no passado dia 12 de junho”.

Na imprensa britânica de direita, o cenário foi exacerbado, com o jornal Daily Telegraph a alertar para uma possível “ditadura” se o líder trabalhista, e atual líder da oposição, Keir Starmer ganhar com uma grande vantagem.

Na origem deste pessimismo estão as várias sondagens publicadas nas últimas semanas com resultados catastróficos para o Partido Conservador, no poder há 14 anos e predominante nos últimos 100 anos.

Diferença “gorda”, dizem todas as sondagens

A mais recente, divulgada na segunda-feira pela Focaldata e nas vésperas do último duelo televisivo entre o atual primeiro-ministro conservador Rishi Sunak e Keir Starmer, sugere que os trabalhistas estão a caminho de uma maioria superior a 200 deputados na Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento do Reino Unido), elegendo 450 e os conservadores 110.

Neste estudo, os Liberais Democratas ascendem a 50 deputados, à frente dos 16 dos independentistas do Partido Nacional Escocês (SNP), os Verdes mantêm um lugar e o Partido Reformista outro.

Embora as principais empresas de sondagens apresentem números variáveis, todas anteveem uma liderança trabalhista de dois dígitos, com poucas alterações desde que Rishi Sunak convocou as eleições, em maio passado.

Segundo a Ipsos, os trabalhistas poderão ganhar 453 lugares e os conservadores 115, com uma maioria trabalhista de 256 deputados, a maior de sempre, mas outras sondagens são mais desfavoráveis aos ‘tories’.

ZAP // Lusa

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