Sultão de Pahang coroado 16.º rei da Malásia

O sultão de Pahang, Tengku Abdullah, foi esta terça-feira coroado 16.º rei da Malásia, cargo que vai exercer durante cinco anos e para o qual foi escolhido em janeiro último, depois da inesperada renúncia do antecessor.

Numa cerimónia faustosa, no palácio nacional de Kuala Lumpur, residência oficial do monarca, Abdullah de Pahang, de 60 anos, apresentou-se vestido com um traje tradicional preto e bordados em ouro.

O sultão e a mulher percorreram várias áreas do palácio até entrarem na sala principal, onde eram esperados por cerca de 700 convidados. Ali, sentaram-se no trono, onde foram coroados, após uma breve cerimónia acompanhada pelo som de flautas e tambores.

No primeiro discurso, proferido após a coroação, o rei da Malásia prometeu trabalhar para “promover a unidade e a tolerância entre todas as raças e religiões” do país. O discurso foi também transmitido em direto pela televisão malaia.

A cerimónia contou com a presença de sete dos oito restantes sultões da Malásia, além de representantes do Governo federal e dos 13 estados e três territórios que compõem a nação.

Os sultões sucedem-se no trono a cada cinco anos, de acordo com um sistema de rotatividade da monarquia deste país de maioria malaio-muçulmana, que ganhou a independência do Reino Unido em 1957.

A nomeação de Abdullah aconteceu depois de Muhammad V, sultão de Kelantan, de 49 anos, ter renunciado inesperadamente, a 6 de janeiro, ao trono, após dois anos no cargo e após o divórcio da mulher, a modelo russa, de 25 anos, Oksana Voevodina.

A linhagem dos sultões da Malásia remonta aos sultanatos malaios do século XV. Para os muçulmanos do país, 60% dos cerca de 28 milhões de habitantes, o rei, um cargo protocolar e de representação do país em atos oficiais, é visto como patriarca da etnia malaia, e como uma referência para as etnias chinesa, índia e aborígene.

// Lusa

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