Este domingo, a Suíça vai votar em referendo. Em causa está se se devem garantir ou não subsídios aos agricultores que deixam os cornos das suas vacas e cabras crescer de forma natural.
A Suíça vai a votos. O referendo foi iniciado pelo criador Armin Capaul, de 66 anos. Segundo a revista Sábado, Capaul luta para conseguir dinheiro suficiente para cobrir os custos do espaço a mais que os animais com cornos precisam para pastar, quando comparados com o gado sem cornos.
“Devemos respeitar as vacas como elas são. Deixem-nas com os seus cornos. Ao olhar-se para elas, ficam de cabeça levantada e orgulhosas. Quando se removem os cornos, são infelizes”, lamentou Capaul, à Reuters.
As vacas são um símbolo incontornável do país. Cerca de três quartos destes animais, ou sofrem a remoção dos cornos ou são alvo de modificações genéticas nascendo sem eles. O suíço, que se descreve a si mesmo como um “rebelde”, acredita que os cornos ajudam os animais a comunicar.
Além disso, adianta Capaul, os animais precisam dos cornos também para manter a sua temperatura corporal. Estes dois motivos motivaram o suíço a pedir um subsídio anual de 190 francos suíços, cerca de 168 euros, por cada animal munido de cornos.
Segundo a agência noticiosa, os bezerros são sedados e a zona onde deveriam crescer os cornos é queimada com um ferro quente. Há muitos opositores a esta prática que devem votar a favor de Capaul este domingo. No entanto, apesar de os opositores alegarem que é doloroso e contra a Natureza, os apoiantes comparam a prática a castrar gatos e cães.
O Governo, por sua vez, afirma que os gastos com a medida são demasiado elevados.
Pois agora querem pôr as vacas ao nível dos humanos com cornos invisíveis, deixem ao menos os animais fazerem gala do que possuem ou tratar-se-há de uma questão de inveja?.
Há por aí muito boa gente com cornos, o facto é que não se vêm porque foram removidos.