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“Eu? Substituir João Galamba? Nunca”

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José Sena Goulão / Lusa

O Ministro das Infraestruturas, João Galamba

Rosário Partidário, coordenadora da comissão do novo aeroporto, diz que tem mais do que fazer. E defende a construção de um aeroporto único.

A questão do novo aeroporto de Lisboa (ou perto) prolonga-se há décadas e tem-se intensificado nos últimos meses.

A coordenadora geral da Comissão Técnica Independente para o novo aeroporto, que ainda estuda o caso, assegurou que só vai apresentar uma opção ao Governo.

“Mas essa opção pode significar uma opção de longo prazo como um aeroporto único e uma de transição”, indicou Rosário Partidário, em entrevista ao Jornal de Negócios.

Rosário considera que a melhor opção é um aeroporto único: “Do ponto de vista que já avaliámos, e olhando para o futuro e para a centralidade de Portugal no Atlântico, o melhor é uma solução única – que permita expandir o aeroporto no futuro”.

Não defende a existência imediata de quatro pistas no novo espaço, porque “não faz sentido”.

“E mesmo esse aeroporto único no futuro depois, mesmo que já não precise do aeroporto da Portela do ponto de vista de complementaridade, não vai ficar logo com a dimensão toda que pode ter. Vai depender da evolução, da tecnologia, da procura, da economia… Vai depender de muitas variáveis”.

“O que queremos deixar é flexibilidade. É a capacidade de decidir no futuro”, explicou.

O processo de privatização da TAP, admite, influencia a comissão que coordena, mas o inverso também influencia a compra da TAP.

Em relação à localização, há várias hipóteses: “Temos várias pessoas que têm preferência por Alcochete, outras por Santarém, outras por Montijo… Temos de avaliar, reconhecendo que há diferentes preferências”.

Mas a hipótese Rio Frio+Poceirão é muito pouco provável: “Enfim, é muito exploratório, tem muito pouca probabilidade de conseguir, daquilo que já tivemos a ver entretanto. Já depois de ter sido anunciado, fizemos um pouco mais de análises e tem muito pouca probabilidade, mas não queremos descartar completamente sem ter a certeza”.

“A grande decisão estratégica que temos neste momento é se adotamos um low profile do ponto de vista do aeroporto e trabalhamos para – vou atirar um número – 50 milhões de passageiros, e vamos achar que nunca Lisboa pode ter mais do que 50 milhões de passageiros. […] E a outra é uma opção em que Portugal ganha com o assunto, não fica só em low profile”, analisou, defendendo a ambição neste “problema urgente e que precisa de ser resolvido”.

Questionada sobre a possibilidade de ser sucessora de João Galamba como ministra das Infraestruturas, a sua resposta foi rápida: “Não. Nunca. Nem me passou alguma vez pela cabeça, nem me vai passar certamente. Além disso, tenho um aeroporto para decidir, tenho mais do que fazer”, garantiu, entre sorrisos.

Sem sorrisos, a coordenadora admitiu ainda que os trabalhos da sua comissão seriam atrasados se houvesse dissolução da Assembleia da República. “Porque a nossa comissão é nomeada por resolução do Conselho de Ministros”.

ZAP //

7 Comments

  1. E, num país com a Economia de pantanas, porque não criar condições para reactivar Beja cujo aeroporto foi construído para ALGUÉM GANHAR MUITO DINHEIRO NA CONSTRUÇÃO MAS… ESTÁ “ÀS MOSCAS”, fora o dinheiro dos Contribuintes gasto em Estudos, Maquetes, Faz que Anda mas Não Anda, etc., etc., nas outras Mais Do Que Muitas Hipóteses!
    Sendo POBRES ou DEVEDORES deixam de Fingir que Somos Ricos ou Endinheirados.
    ABAIXO OS ABUSADORES DOS DINHEIROS PÚBLICOS.

    • Então o aeroporto de Beja, não foi construído como base aérea e estava a ser explorado pelos alemães, que se retiraram?

      • Desculpe considerar ignorância a sua intervenção: Beja teve e tem uma Base Aérea, não sei se ainda activa, mas esse facto não impede a construção de uma Estrutura Aeroportuária Civil. Os Aeroportos de Lisboa, Londres, Amsterdão e muitos outros têm Instalações Militares podendo utilizar as mesmas Pistas (que podem perfeitamente servir os desígnios Militar r Civil) e em Beja FOI CONSTRUÍDA, ALÉM DAS INSTALAÇÕES MILITARES, UM AEROPORTO CIVIL COMPLETO, ATÉ HOJE SEM UTILIZAÇÃO. Infelizmente não é a única estrutura construída de raiz, PAGA e logo de seguida ABANDONADA. Só em “estudos” para o NOVO AEROPORTO DE LISBOA já foram gastos Milhões de Euros suficientes para concretizar várias obras de 1ª necessidade

  2. Õ novo aeroporto é apenas um novo Alqueva e o Galamba – exactamente com os mesmos tiques – um novo Sócrates!
    Deixem-no ir agora, não venham a ter de o ir buscar mais tarde ao (novo) aeroporto num carro da PJ!

  3. Bem, a pensar na sua resposta para substituir o Galamba, deverá ser alguém de jeito. Só um idiota é que pensaria em substituir outro neste (des)governo….

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