Os seres humanos do Neolítico criaram um enorme anel de poços perto de Stonehenge. A estrutura foi construída há cerca de 4.400 anos.
Em 2020, arqueólogos encontraram poços profundos perto de Stonehenge. Agora, uma nova investigação indica que a estrutura foi mesmo construída por humanos.
Uma equipa liderada por Vincent Gaffney, da Universidade de Bradford, no Reino Unido, realizou vários estudos científicos sobre estas estruturas, alinhadas estrategicamente para formar um círculo de dois quilómetros de diâmetro, 20 vezes maior do que Stonehenge.
Segundo o The Guardian, os arqueólogos acabaram por concluir que os poços foram feitos há cerca de 4.400 anos.
Stonehenge 4,500-year-old pits ARE man-made, scientists confirm https://t.co/To5JQfDBzr
— Daily Mail Online (@MailOnline) November 24, 2021
A estrutura parece ter sido um limite que, na altura, terá servido para guiar as pessoas para uma área sagrada, uma vez que as Durrington Walls, um dos maiores “monumentos de henge” da Grã-Bretanha, estão localizadas precisamente ao centro.
Na ótica de Gaffney, este detalhe faz do local um grande monumento neolítico.
No ano passado, o estudo científico foi alvo de várias críticas, desde logo por haver suspeitas de que os poços pudessem ser cavidades naturais. Um arqueólogo chegou até a dizer a Gaffney que o líder deveria ter contado com a ajuda de um geólogo na sua pesquisa – mas a sua equipa tinha dois.
Parte do círculo não sobreviveu devido ao desenvolvimento moderno, mas, no último trabalho de campo, Gaffney conseguiu analisar nove cavidades.
“Já analisamos quase metade delas e são todas iguais. Isto diz-nos que era uma estrutura enorme. Pode ter evoluído a partir de uma característica natural, mas não a encontramos. Portanto, é a maior estrutura pré-histórica encontrada na Grã-Bretanha“, afirmou, citado pelo diário britânico.
Cada fosso tem cerca de 10 metros de largura e cinco metros de profundidade. A ciência apoia a teoria de que os neolíticos que construíram Stonehenge também cavaram este monumento.
As mais recentes descobertas apontam para o facto de os habitantes locais terem desenvolvido uma forma de contar, seguindo centenas de passos para medir os poços.
Além disso, o posicionamento dos buracos podia ter um significado cosmológico, à semelhança de Stonehenge.