Uma das universidades mais antigas do mundo está envolvida num escândalo sexual, com dezenas de pessoas a alegarem ter sido abusadas no seu campus por membros de uma fraternidade.
De acordo com a CNN, as denúncias anónimas começaram numa página de Instagram, intitulada “St Andrews Survivors” (“Sobreviventes de St Andrews” em Português), e a universidade escocesa já veio dizer que vai colaborar com a polícia para investigar estas alegações.
São mais de 20 denúncias de violação e outras tantas de agressões sexuais e físicas e de coerção por estudantes da prestigiada universidade, sendo que a maioria se centra na Alpha Epsilon Pi, uma fraternidade com origens norte-americanas que também já enfrentou várias alegações do mesmo género e investigações policiais nesse país.
Segundo a estação televisiva, depois de começarem a sair as denúncias, a fraternidade em St Andrews começou a suspender vários dos seus membros.
Na segunda-feira, um porta-voz da instituição afirmou que já foi possível contactar os responsáveis pela página na rede social, tendo sido oferecida assistência às alegadas vítimas.
O mesmo representante revelou ainda que, a partir do próximo ano letivo, a universidade vai introduzir um módulo de orientação obrigatório focado na temática do consentimento.
“Congratulamo-nos com os esforços da conta ‘St Andrews Survivors’ para oferecer às pessoas de todos os géneros um espaço para expressar as suas experiências de má conduta sexual”, afirmou a universidade em comunicado.
“A nossa principal preocupação é garantir que os ‘Sobreviventes’ saibam que estamos prontos e dispostos a apoiar as suas decisões e a tomar medidas, facilitar os relatórios da polícia e fornecer apoio contínuo”, acrescentou.
Porém, escreve o jornal online Observador, entre os vários testemunhos publicados no Instagram destaca-se um em que a vítima diz ter contactado os serviços da universidade depois de ter sido violada, mas que a denúncia acabou por não ter qualquer resultado.
St Andrews é a terceira universidade de língua inglesa mais antiga do mundo e quase sempre aparece perto do topo do ranking que classifica os estabelecimentos de Ensino Superior a nível mundial. Foi frequentada por figuras como o príncipe William e Catherine, duquesa de Cambridge.
