Vitória clara do Sporting neste “clássico” frente ao Sporting de Braga, na 18.ª jornada da Liga bwin. Tal como no Dragão, os minhotos não tiveram andamento para o adversário do G4 e foram goleados, desta feita por 5-0.
Os “verde-e-brancos” foram sempre melhor equipa, dominadores, perigosos, marcaram cedo e, no arranque do segundo tempo, receberam dois presentes dos visitantes que definiram a partida. Depois foi ver o acumular do resultado.
Morita bisou, Edwards, Matheus Reis e “Pote” marcaram, Niakaté foi expulso logo após o descanso. Com este resultado, os bracarenses, sem Ricardo Horta e o transferido Vitinha, caíram para terceiro lugar, dois pontos atrás do Porto, a dez do Benfica (mas menos um jogo) e com cinco de vantagem sobre o Sporting.
O Sporting começou melhor o jogo e marcou bem cedo, aos nove minutos, por Morita. Canto da esquerda, St. Juste cabeceou e o médio japonês rematou com sucesso.
Ainda não havia equipa a justificar verdadeiramente a vantagem, mas este tento foi como que um sinal da superioridade que o “leão” viria a demonstrar em toda a primeira parte, com mais bola, remates, ações na área contrária e perigo (xG).
Ainda assim, este foi um jogo que esteve longe de agradar pela “estética”, com muito mais luta que inspiração.
O melhor ao descanso era um defesa do Braga. O central Tormena registava um GoalPoint Rating de 6.6, ele que teve de trabalhar bastante, somando 18 passes certos em 19, cinco progressivos, três desarmes, dois bloqueios de remate e um corte decisivo.
O segundo do Sporting surgiu logo aos 46 minutos. O reatamento parece ter feito mal aos minhotos, que cometeram uma série de erros, o pior com Al Musrati e Matheus a desentenderem-se, aproveitando Chermiti para assistir, de calcanhar, Morita para o seu bis. E aos 49, Niakaté viu o segundo cartão amarelo e deixou os “guerreiros” reduzidos a dez elementos.
Estava aberta a porta para um triunfo fácil dos homens de Alvalade. O Braga como que baixou os braços, impotente para travar as transições muito rápidas dos da casa, e aos 61 minutos, Edwards fugiu pela direita, fletiu para o meio sem grande oposição da defesa minhota e rematou certeiro para o 3-0.
A superioridade “verde-e-branca” era total e incontestável e o 4-0 surgiu num golão de Matheus Reis aos 86 minutos. E nos descontos, de penálti, após falta de Víctor Gómez sobre Fatawu, Pedro Gonçalves fechou a contagem, repetindo os mesmos números da goleada de Dezembro na Taça da Liga.
Melhor em campo
Que tratado do jogador inglês. Marcus Edwards encheu o campo na goleada ao Braga, mercê de um desempenho notável a nível ofensivo. O extremo foi o melhor em campo com um GoalPoint Rating de 8.6, muito por culpa de ter estado em dez das 22 finalizações do “leão” nesta partida.
Edwards marcou um golo, fez cinco remate e outros tantos passes para finalização (máximo), criou uma ocasião flagrante, somou oito ações com bola na área contrária, tentou seis vezes o drible, com sucesso em duas, e assinou quatro conduções progressivas e duas super progressivas.
Destaques do Braga
Paulo Oliveira 6.2
O central, ex-Sporting, foi o melhor dos “guerreiros“, contabilizando quatro recuperações de posse e o máximo de interceções, incríveis oito.
Tormena 5.9
Melhor elemento da primeira parte, Tormena caiu de produção na segunda, reduzindo, e de que maneira, o número de ações defensivas. Terminou com três desarmes, dois bloqueios de remate e um corte decisivo.
Destaques do Sporting
Pedro Gonçalves 7.8
Acabou o jogo assobiado pelos adeptos. Não porque tenha feito um mau jogo, mas porque não deu ao jovem Chermiti a possibilidade de bater o penálti do 5-0.
Um detalhe que não mancha um desafio muito bom de “Pote”, colorido com um golo (o tal de penálti), o máximo de remates da partida (7), três enquadrados, duas assistências em três passes para finalização, 11 passes progressivos recebidos (máximo), nove ações com bola na área contrária (também valor mais alto) e dez recuperações de posse (líder com Ugarte).
A nota teria sido bem maior não fosse uma ocasião flagrante falhada.
Chermiti 7.3
Grande jogo do jovem avançado, que fez as vezes de Paulinho e não desiludiu. O atacante enquadrou os seus dois remates, fez uma assistência de calcanhar e somou seis ações com bola na área minhota. Promete.
Morita 7.3
O japonês bisou pela primeira vez na carreira, marcando os dois primeiros golos do desafio. O médio foi muito rematador, com quatro disparos, dois com boa direcção, e ainda registou três ações defensivas no meio-campo contrário.
Ugarte 6.7
Muito bem a nível defensivo o médio uruguaio, que registou as tais dez recuperações de posse e somou o máximo de desarmes (cinco, com Víctor Gómez). Ofensivamente esteve discreto.
Adán 6.5
O Braga só fez quatro remates, mas enquadrou-os todos, obrigando Adán a aplicar-se. O espanhol terminou com quatro defesas, três a disparos na sua grande área.
Matheus Reis 6.4
O brasileiro entrou para jogar sensivelmente 15 minutos e fê-lo em grande estilo, com um golo portentoso de fora da área, muito colocado.
St. Juste 6.4
Muito veloz, o neerlandês jogou os 90 minutos sem que, desta vez, tivesse causado algum susto devido a problemas físicos. O central aproveitou e fez uma assistência, para o 1-0, registou o máximo de passes certos (79) e tentados (83), numa eficácia de 95%, e acumulou o máximo de ações com bola (91).
Esgaio 6.3
Mal-amado, o ala-direito fez grande jogo, em especial a construir e a atacar. Além de três passes para finalização, realizou sete ofensivos valiosos, teve eficácia em dois de cinco cruzamentos de bola corrida e contabilizou nove passes progressivos e dois super progressivos, ambos máximos.
Resumo
// GoalPoint