Sporting 2-0 Famalicão | Adán salvou leão ansioso

O Sporting teve um jogo talvez mais complicado do que o previsto na recepção ao Famalicão, que o triunfo por 2-0 não revela na totalidade, mas certamente terá ficado mais preocupado com algumas incidências que poderão ter peso no próximo compromisso na Liga Bwin, o “clássico” no reduto do FC Porto.

Os “leões” tiveram de “dar o litro” para se superiorizarem a um visitante que criou perigo e equilibrou as operações, e no processo perderam Pedro Porro para o próximo desafio (amarelo) e correm o risco de não poderem utilizar Pedro Gonçalves, que saiu com queixas na coxa esquerda.

Nos golos brilharam Pablo Sarabia e sobretudo Matheus Reis.

O “clássico” com o Porto é já na sexta-feira, João Palhinha, Pedro Porro, Pablo Sarabia e Pedro Gonçalves estavam no limite dos cartões amarelos, mas Rúben Amorim não “quis saber” e lançou todos de início sobre o Famalicão.

E o primeiro golo só demorou seis minutos a acontecer, precisamente por Sarabia, de penálti, após falta de Adrián Marín na área sobre Paulinho. parecia que tudo iria ser fácil, mas não foi.

O Famalicão reagiu bem, teve bola e atacou, criando alguns lances de perigo em combinações muito interessantes.

Em cima do intervalo poderia mesmo ter empatado, uma vez que o árbitro assinalou falta de Porro sobre Pêpê Rodrigues na área e respectiva grande penalidade, após consultar o VAR.

Contudo, na cobrança do castigo máximo, Banza rematou para grande defesa de Adán, que chegou assim ao descanso como melhor em campo, com um rating de 6.2, sustentado em grande medida por esta “parada”.

Os visitantes, que remataram mais e criaram um pouco mais de perigo, só se podiam queixar de falta de pontaria.

Aos 57 minutos, Pedro Porro viu cartão amarelo, pelo que irá falhar o “clássico” com o Porto. Isto num arranque de segundo tempo que não melhorou o futebol leonino, com os da casa a terem dificuldade para assumir a posse de bola e tirar iniciativa aos forasteiros.

Logo a seguir, Rúben Amorim retirou João Palhinha, não fosse “o diabo tecê-las”.

Aos 62 minutos, Luiz Júnior evitou um autogolo de Ivo Rodrigues e o golo de Ricardo Esgaio na recarga, mas aos 63 nada pôde fazer para travar uma “bomba” de Matheus Reis, na melhor fase dos “verde-e-brancos”.

Miguel A. Lopes / Lusa

O 2-0 era boa notícia para Alvalade, mas a lesão de Pedro Gonçalves não o era. As hostes leoninas voltaram a animar-se com a entrada de Islam Slimani, no primeiro jogo desde o regresso a Alvalade, mas a verdade é que o resultado não viria a sofrer mais alterações.

Porto e Sporting defrontam-se na 22ª jornada com seis pontos a separá-los.

Melhor em Campo

Pois é, o jogo não foi nada fácil para o Sporting, que terminou precisamente com o mesmo número de remates e de enquadrados que o Famalicão.

E aqui entrou Antonio Adán em acção. O guarda-redes espanhol acabou por ser o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.4, graças a cinco defesas, três a remates na sua grande área, uma delas a travar de forma espectacular um penálti de Banza. Fundamental para o triunfo leonino.

Destaques do Sporting

Matheus Reis 6.5 – Que golão do brasileiro. Matheus tem sido um dos jogadores mais consistentes do Sporting esta época e nesta partida juntou a isso um golo de belo efeito. Ao todo somou seis acções defensivas.

Pablo Sarabia 6.2 – Jogo competente do espanhol, menos exuberante que em outros encontros, mas que rendeu um golo, de grande penalidade, dois passes para finalização, 22 passes certos em 24 (94%) e dois super aproximativos.

Matheus Nunes 5.9 – Nem sempre manteve o sangue frio no momento das decisões, facto que contribuiu para os cinco passes de risco falhados (máximo do jogo a par de Feddal) e os cinco maus controlos de bola. Contudo, entrega não lhe faltou, completando cinco de seis tentativas de drible, e registando oito recuperações de posse e quatro desarmes.

Sebastián Coates 5.8 – Curiosamente, o central uruguaio terminou com alguns números muito semelhantes aos de Matheus Nunes, nomeadamente oito recuperações de posse e quatro desarmes. Pareceu menos “frio” na liderança do que o costume.

Paulinho 5.5 – Jogo menos conseguido de Paulinho nos momentos ofensivos, terminando a partida sem qualquer remate. Registou sim um passe para finalização, recebeu 11 passes aproximativos (máximo da partida), completou quatro de cinco tentativas de drible e foi carregado cinco vezes em falta, uma para penálti.

João Palhinha 5.5 – O “trinco” teve um jogo modesto, mas conseguiu fazer o seu papel sem ver amarelo e ficar de fora do “clássico”. Palhinha completou 18 de 20 passes, fez quatro desarmes e foi também carregado em falta em cinco ocasiões (máximo com Paulinho).

Gonçalo Inácio 5.5 – Nem sempre conseguiu acompanhar as investidas de Banza e Bruno Rodrigues, mas acabou por resolver os problemas, terminando com três desarmes e 90% de eficácia de passe.

Manuel Ugarte 5.3 – O uruguaio entrou para substituir Palhinha e completou 22 de 24 passes, registando ainda seis recuperações de posse.

Ricardo Esgaio 5.2 – Entrou ao intervalo para o lugar do desinspirado Feddal e esteve quase a marcar, tendo desperdiçado uma ocasião flagrante por culpa de Luiz Júnior.

Pedro Gonçalves 5.1 – Jogou cerca de meia-hora e passou ao lado do jogo, saindo lesionado e causando alguma apreensão sobre a disponibilidade para o “clássico”. Destaque positivo para uma condução aproximativa, do lado negativo os três desarmes sofridos e os quatro maus controlos de bola.

Pedro Porro 4.5 – Jogo menos conseguido do espanhol, algo intranquilo, tendo sido ele o homem que carregou Pêpê Rodrigues, provocando grande penalidade. Viu amarelo e vai falhar o “clássico”.

Destaques do Famalicão

Ivo Rodrigues 6.4 – O extremo foi o melhor elemento dos visitantes, tendo sido o jogador com mais acções com bola (95). Ao passe para finalização que registou, juntou três duelos aéreos ganhos (100%), bem como incríveis seis acções defensivas no meio-campo contrário e nove desarmes, ambos máximos. De negativo as 26 perdas de posse e os seis maus controlos de bola, ambos também máximos.

Pêpê 6.2 – Foi sobre o médio que Porro fez grande penalidade. Pêpê fez dois passes para finalização, seis passes longos certos em nove, dois passes super aproximativos e dez recuperações de posse (máximo).

Luiz Júnior 6.1 – O guardião famalicense não teve culpa nos golos sofridos e ainda fez cinco defesas, três a remates na sua área.

Resumo

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