O juiz de instrução que decretou a prisão preventiva do pai e da madrasta da criança assassinada em Atouguia da Baleia, em Peniche, usou a palavra “tortura” na sua decisão. O pai terá confessado ter dado uma “sova grande à filha Valentina”, alguns dias antes da morte.
Os indícios recolhidos no caso da morte de Valentina, a criança de 9 anos que foi dada como desaparecida em Atouguia da Baleia, em Peniche, e que depois foi encontrada morta, apontam para um quadro de grande violência.
Os exames preliminares da autópsia realizada ao corpo da criança detectaram lesões na cabeça, apontando para uma morte violenta. Mas só os resultados laboratoriais vão confirmar a causa de morte.
O que parece, desde já, seguro é que a menina foi alvo de agressões severas por parte do pai. O próprio arguido, Sandro Bernardo, de 32 anos, confessou em tribunal que deu uma “sova muito grande” à filha no dia 1 de Maio. Em causa estaria a intenção de obrigar a criança a confessar se estaria a ser vítima de abusos sexuais por parte de um amigo da mãe, conforme rumores que haveria na localidade.
No dia da morte da criança, que terá ocorrido no passado 6 de Maio, Sandro terá confrontado novamente Valentina com os rumores, voltando a agredir a criança. Os resultados preliminares da autópsia não detectaram indícios de abuso sexual.
O Jornal de Notícias (JN) avança que as agressões desse dia ocorreram num quadro de “tensão familiar, ampliada pelo confinamento obrigatório”, notando que o pai, “pressionado pela companheira para que Valentina voltasse para a casa da mãe, voltou a discutir com a filha”.
Sandro terá despejado “água a escaldar” pelo corpo da filha “ao mesmo tempo que a agredia e até lhe apertava o pescoço”, relata o JN, acrescentando que só parou quando Valentina “já estava a ficar inconsciente”.
“Apertou-lhe o pescoço e acabou por lhe dar uma pancada na cabeça, que lhe provocou um traumatismo cranioencefálico que se revelaria fatal”, relata o Expresso.
A madrasta da criança, Márcia Monteiro, não terá participado nas agressões, mas não fez nada para a ajudar. “Confessou ao juiz que viu “um pedido de ajuda” no olhar da criança mas mesmo assim, nada fez”, refere o Expresso.
Márcia alegou em tribunal que foi ameaçada pelo companheiro e que teve, por isso, que o ajudar a esconder o corpo.
A criança terá ficado em agonia no sofá, embrulhada numa manta, durante várias horas, sem que Sandro, nem Márcia tivessem feito nada para a ajudar. As outras três crianças da casa, filhas do casal – com 7 meses, 4 anos e 12 anos – terão assistido a parte das agressões e à agonia da criança.
O filho mais velho de Márcia, um adolescente de 12 anos, também foi ouvido em tribunal e terá contado que viu o padrasto a bater em Valentina e que viu a menina no sofá, sem reacção. Também terá dito que viu a mãe e Sandro transportarem a criança para fora de casa, durante a noite.
Sandro e Márcia vão aguardar julgamento em prisão preventiva.
O pai de Valentina é acusado de homicídio qualificado, profanação de cadáver e de um crime de violência doméstica. A madrasta está indiciada de homicídio qualificado por omissão e de profanação de cadáver.
Só digo o seguinte………Em Prisão os Infanticidas são um alvo a abater por parte de certos detidos !
Tens experiência nessa área?
Tenho testemunho de parte de profissional do universo carcéral !
Eu só pergunto, para quando justiça neste país a condizer com o grau de crueldade dos assassinos? Porque razão não dar a voz ao povo neste e noutros casos fundamentais da vida em sociedade? Afinal vivemos em democracia ou fingimos que vivemos?
Espero que na prisão os outros reclusos lhes façam o mesmo.
Se desejas que lhe façam o mesmo em nada te diferencias dele.
Não sabemos o que se passava na cabeça deste homem para cometer tal crime. De certo não estaria capaz de tomar decisões acertadas. A Valentina não merecia este desfecho, ninguém merecia, nem mesmo o Sandro apesar do seu crime.
Acho que viver com o remorso de ter feito este acto é uma sentença bastante pesada.
Não nos cabe a nós julgar este indivíduo.
Hein???
Até te respondia, mas acho que não me cabe a mim julgar-te….