Sondagem: PS à frente, mas geringonça 2.0 é impossível

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José Sena Goulão / Lusa

O PS lidera as intenções de voto, mas a esquerda não alcança uma maioria. PSD só conseguiria formar governo com o apoio do Chega.

Apesar da crise política que assola Portugal, o Partido Socialista (PS) recuperou a liderança nas intenções de voto, ultrapassando o Partido Social Democrata (PSD), segundo o barómetro de novembro da Intercampus para o Correio da Manhã.

O PS lidera com 23,6% das intenções de voto, enquanto o PSD segue com 21,9%. No entanto, ambos os partidos sofrem uma redução no número de eleitores.

O Chega, por outro lado, consolida a sua posição como a terceira força política, registando um crescimento para 13,5%. O Bloco de Esquerda (BE) ultrapassa a Iniciativa Liberal (IL) e torna-se a quarta força política, com 9,5%. Os liberais ficam-se pelos 8,4%.

O PAN sobe para os 4,4%, ultrapassando a CDU, que regista 3,2% das intenções de voto. A fechar, fica o Livre, com 3%, e o CDS, com 1,9%.

Este cenário sugere uma complexidade na formação de um governo pós-eleitoral. Apesar da vitória do PS, a esquerda, mesmo com a inclusão do PAN e do Livre, não alcança a maioria, impossibilitando um regresso da geringonça. A direita, por sua vez, só conseguiria formar Governo com o apoio do Chega, mas por uma margem estreita.

Curiosamente, a crise política e as referências a António Costa na investigação da Operação Influencer não afetaram a imagem do primeiro-ministro, que mantém a mesma pontuação em relação à sondagem anterior. 46% dos inquiridos acreditam também que a sua carreira política ainda não acabou e 67,9% acham que Costa vai  ocupar um cargo de revelo na União Europeia.

A avaliação de Luís Montenegro também fica igual. Aliás, os únicos líderes partidários com alterações nas suas avaliações pessoais são Inês Sousa Real (PAN), Paulo Raimundo (PCP) e André Ventura (Chega), com todos a registar pequenas subidas.

Nas avaliações às instituições, o Presidente da República continua em queda, enquanto a Assembleia da República, o Governo e o primeiro-ministro mantêm as suas avaliações estáveis.

Entre os ministros, João Galamba, implicado no processo que desencadeou a crise política, é considerado o pior ministro, com avaliações extremamente negativas. Já José Luís Carneiro, que está agora a concorrer à liderança do PS, é aquele que consegue uma melhor nota.

ZAP //

5 Comments

  1. A Oeste nada de novo, o povo continua manso como dizia o outro.
    Vivemos num pais de subsidio dependentes e de altos impostos, em que nada funciona. Talvez o que funciona mesmo melhor é o SNS e esse todos sabemos que funciona mal, agora a justiça é o que é, a educação nem se fala.

    Mas o povo quando questionado vota nos mesmos. Apenas se contesta nas conversas de café .. na urna de voto a cruz vai sempre para os mesmos.
    Triste povo que já nem acredita numa mudança .

  2. É a triste realidade portuguesa. Um povo atrasado que está a condicionar fortemente o país. Não passamos desta chafurdice., Não é pelos jovens, é pelos mais velhos que se agarram com unhas e dentes ao símbolo xuxa, nem que estejam a levar diariamente no pêlo, com um custo de vida tremendo e impostos altíssimos.

  3. Totalmente de acordo com todos os comentários aqui indicados, que indicam que ainda há portugueses com coragem de dizer a verdade. Acrescento ainda o serviço SNS esta praticamente diluído nada funciona nesta quadra Natalícia tenho um familiar que necessitou de tratamento medico derivado a uma queda quando liguei para o Hospital mais próximo ninguém atende os telefones fui há Internet e vi que há muitas pessoas a queixarem-se nas redes sociais sobre a situação. O que quero dizer é que votar em PS nunca mais e no PSD não vejo grande alternativa pois o seu líder apela muito ás minorias tenho que me rever noutra alternativa para votar. São as mesmas minorias que tanto defendem certos partidos principalmente de esquerda que passam o dia no café e a passear de carro, é vê-los nos seus carros a deslocarem -se para os Bancos alimentares etc etc. Para não falar também na situação do excesso de imigrantes no seu constante engrosso junto da segurança social e lojas do cidadão, enquanto que a restante população principalmente a idosa morre abandonada e sem cuidados médicos e rendimentos dignos; a mim só me mete confusão como há pessoas que continuam a votar PS, nestas pessoas que destruíram o Pais.

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