A grande maioria dos inquiridos acha que o Governo deve concretizar novas medidas para suavizar o aumento generalizado dos preços.
Os preços de muitos bens têm aumentado muito nos últimos três meses, devido à guerra na Ucrânia, a inflação atinge recordes sucessivos e os portugueses têm alterado os seus planos por causa do impacto destas alterações.
A Aximage realizou uma sondagem para os jornais Jornal de Notícias e Diário de Notícias e para a rádio TSF, centrando-se no efeito que a crise global – sobretudo na Europa – na vida dos portugueses.
As perguntas foram feitas entre os dias 19 e 24 de Maio, a 805 maiores de idade que vivem em Portugal.
53% dos inquiridos indicaram que já pensaram em adiar, ou adiaram mesmo, um projecto (pessoal, económico ou financeiro) que tinham para este ano, devido ao contexto financeiro.
A grande maioria destes adiamentos (59%) está relacionada com viagens de férias, seguida por compra de carro (28%) e por remodelação de casa (26%).
Em relação às medidas que têm sido concretizadas pelo Governo, há um claro equilíbrio na avaliação: 29% acham que os socialistas têm estado mal ou muito mal e 26% consideram que o Executivo tem reagido bem ou muito bem. A maioria (40%) não pende para nenhum dos lados: resposta “nem boa, nem má”.
No entanto, a grande maioria dos inquiridos (81%) quer que o Governo tome mais medidas para suavizar esta subida constante. Os mais idosos dominam esta “fatia” do inquérito.
O foco das medidas está em estabelecer limites no aumento dos preços da energia, com 71% das respostas. Seguem-se limites nos preços dos bens essenciais (66%) e a possibilidade de baixar impostos (58%).
O aumento de salários da função pública não é suficiente para amenizar este contexto, acreditam 79% dos inquiridos.