Sonda com tecnologia portuguesa vai estudar asteroide que a NASA “matou”

ESA

Imagem de animação do lançamento da Hera.

As empresas portuguesas Tekever, GMV, FHP e Efacec desenvolveram componentes para a sonda espacial Hera, da ESA, que descolou esta segunda-feira num foguetão Falcon 9 da SpaceX.

A Agência Espacial Europeia, ESA, lançou esta segunda-feira, às 15:52, a sonda espacial Hera, que contém componentes tecnológicos e operacionais desenvolvidos por quatro empresas portuguesas.

A sonda, que vai estudar em detalhe o asteroide Dimorphos, descolou a bordo de um foguetão Falcon 9, da SpaceX, lançado da base espacial de Cabo Canaveral, na Florida, Estados Unidos.

A missão Hera, a primeira da ESA de defesa planetária, vai estudar em detalhe o asteroide Dimorphos, cuja órbita foi alterada em 2022 pelo impacto de uma sonda lançada pela agência espacial norte-americana NASA, no âmbito da missão DART.

Dimorphos é uma lua de Didymos, um asteroide maior que orbita relativamente perto da Terra, e foi o primeiro corpo do Sistema Solar cuja órbita foi alterada pela atividade humana.

Antes do impacto, Dimorphos era um “esferoide oblato” aproximadamente simétrico – como uma bola esmagada que é mais larga do que alta.

A missão DART mostrou que um impacto cinético poderia desviar um asteroide perigoso, caso este alguma vez estivesse em rota de colisão com a Terra.

A sonda Hera pretende com os seus instrumentos, 12 ao todo, reunir dados sobre Dimorphos que comprovem que a mudança de direção da trajetória de um corpo como um asteroide é uma técnica de defesa planetária fiável.

O engenho vai igualmente estudar as propriedades dos dois asteroides e colocar na órbita de Dimorphos dois pequenos satélites que farão observações da sua superfície e pesquisas por radar, as primeiras a um asteroide.

O asteroide que a missão Hera se propõe estudar é considerado um “protótipo” dos milhares de asteroides que poderão representar um risco de colisão para a Terra.

Nesta missão, as empresas portuguesas Tekever, GMV, FHP e Efacec estiveram envolvidas no desenvolvimento de vários componentes tecnológicos e operacionais, como um instrumento com tecnologia ‘laser’ capaz de medir distâncias até 20 quilómetros, o isolamento térmico e o sistema de orientação, navegação e controlo da sonda e um sistema inovador de comunicação entre satélites.

Segundo informação da Agência Espacial Portuguesa, ao todo, as três empresas portuguesas terão ganho contratos de 2,9 milhões de euros.

ZAP // Lusa

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.