A Sonangol está a negocia a venda da participação que possui na Galp com grandes companhias internacionais do setor petrolífero com presença em Angola.
Esta terça-feira, o Jornal de Negócios avança que o processo de venda da participação da Sonangol na Galp já está em curso, sendo que o desfecho dependerá essencialmente do fator preço.
A Sonangol pretende concluir esta venda num curto espaço de tempo, contando com a anuência da família Amorim, com a qual partilha os interesses na Galp, adiantou fonte da empresa petrolífera angolana.
A Amorim Energia é uma holding detida em 55% pela família Amorim e 45% pela Esperaza que, por sua vez, tem como acionistas a Sonangol (60%) e Isabel dos Santos (40%). Desta forma, a Esperaza detém indiretamente 15,75% da Galp, numa participação avaliada em cerca de 2,2 mil milhões de euros.
Neste momento, a Sonangol tem em curso uma estratégia de venda de empresas participadas e de desinvestimento, pretendendo transformar-se a longo prazo numa Agência Nacional de Petróleos.
Mas, para já, a intenção de vender a fatia de capital que lhe garante uma participação indireta na Galp é explicada pela nova política da empresa estatal angolana, que passa por libertar-se de investimentos noutras companhias e, assim, conseguir inverter os resultados financeiros de modo a sair do vermelho.
No entanto, segundo o Negócios, o maior obstáculo da Sonangol à venda da posição na Galp pode vir a ser Isabel dos Santos, isto porque, no início deste ano, a empresária veio a público manifestar a sua intenção de continuar como acionista da empresa portuguesa, quando surgiram as primeiras notícias de uma possível saída da Sonangol da Galp.