Um soldado da Coreia do Norte conseguiu esta segunda-feira desertar para a Coreia do Sul, após ser ferido por disparos do exército norte-coreano enquanto cruzava a zona desmilitarizada entre as duas Coreias, DMZ.
Segundo informou o Estado-Maior Conjunto (JCS) sul-coreano, o militar foi levado para uma unidade hospitalar sul-coreana para receber tratamento por um ferimento no ombro,
O incidente ocorreu às 16h horas locais e aconteceu na Área de Segurança Conjunta (JSA) de Panmunjom, o único local da DMZ no qual teoricamente os soldados das duas Coreias podem ver-se frente a frente, segundo detalhou à Agência EFE um porta-voz do Ministério de Defesa da Coreia do Sul.
“O exército sul-coreano aumentou o seu nível de alerta perante eventuais provocações do exército norte-coreano”, explicou o JCS num breve comunicado.
O episódio mais sangrento na história da JSA, área criada no fim da Guerra da Coreia, em 1953, aconteceu em 1984, quando o estudante soviético Vasily Matuzok desertou para a Coreia do Sul aproveitando uma visita turística a Panmunjom durante uma estadia na Coreia do Norte.
Vasily Matuzok começou a correr até atravessar para o outro lado da linha de demarcação militar que divide a JSA, o que ocasionou uma prolongada troca de tiros entre os dois lados. O confronto causou a morte de três soldados norte-coreanos e um sul-coreano, além de seis feridos – um deles, um militar americano.
A Coreia do Norte e a Coreia do Sul permanecem tecnicamente em estado de guerra, desde o conflito de 1950-53, que terminou apenas com um armistício que nunca foi substituído por um tratado de paz definitivo.
// EFE