Um soldado finlandês, chamado Aimo Allan Koivunen, foi o primeiro caso documentado de um combatente que sofreu uma overdose de metanfetaminas durante um conflito.
No dia 18 de março de 1944, uma patrulha de ski finlandesa estava atrás das linhas russas quando foi emboscada. Nesse momento, os papéis inverteram-se e os russos iniciaram uma perseguição de ski aos soldados finlandeses.
No meio de uma verdadeira corrida contra o tempo, Aimo Allan Koivunen lembrou-se que tinha no bolso todo o stock de Pervitin, também conhecido como metanfetamina.
Durante a II Guerra Mundial, além de estratégias de combate, era fundamental ter soldados em excelente condição física. Contudo, devido aos limites próprios do corpo humano, nem sempre um combatente conseguia enfrentar horas seguidas de conflito. Para melhorar o desempenho das tropas, eram distribuídas drogas pelos soldados.
O IFL Science conta que o finlandês não queria ter tomado uma dose tão grande, mas viu-se aflito a tirar um só comprimido estando de luvas e a meio de uma perseguição na neve.
Quando ingeriu as metanfetaminas, a sua energia aumentou e, assumindo o comando das tropas, conseguiu ajudar todos os soldados a acelerar consideravelmente. Apesar de ter dado um impulso nesta fuga, o soldado finlandês depressa começou a sentir a sua visão turva e a perder a consciência.
Depois de um período sem se lembrar do que aconteceu, Aimo Allan Koivunen acordou a 100 quilómetros de distância do local, sem munições, comida e completamente sozinho.
O combatente conseguiu levantar-se, esquiar pela floresta e sobreviver com muito pouca comida. Felizmente, a droga tirou-lhe o apetite.
Apesar de ter conseguido, com sucesso, escapar das tropas russas, teve o azar de pisar uma mina terrestre. Deitado e a delirar, perdendo a consciência de vez em quando, percebeu que a ajuda não ia chegar.
Destemido, levantou-se a muito custo e a sua determinação – assim como as quantidades alarmantes de metanfetamina que tinha no corpo – tiraram-no da vala.
Quando foi encontrado, depois de ter sobrevivido ao clima gelado, levaram-no de imediato para um hospital. A sua frequência cardíaca era de 200 batimentos por minuto e pesava apenas 43 quilos.
Mas sobreviveu. Aimo Allan Koivunen faleceu em 1989, no dia 12 de agosto, semanas antes de completar 72 anos.
“esquiou dos russos”? O que quer dizer isso? Eu percebi (lendo a notícia) que ele escapou dos russos esquiando, mas “esquiou dos russos” não entendo. Será português?
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.