Ao longo dos anos, a internet encheu-se de memes que questionavam o fim que foi atribuído à personagem Jack no famoso filme de 1997. Cameron decidiu colocar fim às dúvidas.
Após 25 anos de provocações, o realizador James Cameron decidiu realizar um estudo científico para provar que a personagem Jack, interpretada por Leonardo Dicaprio, tinha de se afogar numa das cenas finais do Titanic.
No filme, os protagonistas Jack e Rose lutam contra as probabilidades de sobrevivência enquanto o Titanic se afunda no Oceano Atlântico. Após ter lutado contra um noivo demasiado insistente, escapado às imensas armadilhas que a impediam de chegar ao exterior da embarcação e agarrado ao casco à medida que este afunda, o casal descobrem um último obstáculo inesperado: não há espaço suficiente para os dois no bocado de madeira que lhes restava.
Enquanto os dois ainda lutam contra o afogamento e a hipotermia no oceano frio, Jack percebe que a única forma de salvar a sua amada é deixar-se levar pela água e permitir que ela flutue na porta. É o que faz, permitindo que ela viva.
Ao longo dos anos, os fãs do filme especularam se havia, de facto, espaço para ambos caso Rose se desviasse um pouco. O tema deu mesmo origem a um episódio de Mythbusters, onde a equipa concluiu que os dois poderiam ter flutuado o tempo suficiente para serem resgatados caso tivessem apenas amarrado o colete salva-vidas ao fundo do pedaço de madeira pertencente a uma porta. “Por mais nobres que tenham sido as intenções de Jack, por vezes a discrição é a melhor parte do valor”, comentaram os Mythbusters. “Com tudo o que aprendemos, penso que a morte de Jack foi desnecessária“.
Kate Winslet, a atriz responsável pelo papel de Rose, também abordou a questão em 2016, em entrevista a Jimmy Kimmel “Penso que ele poderia ter encaixado naquele pedaço de porta”.
No entanto, James Cameron não deixou o assunto morrer — ao contrário do que fez com Jack. Para além de deixar claro que “Jack tinha de morrer”, uma vez que a história era sobre sacrifício, o diretor também explicou que ele e uma equipa conduziram uma análise científica da situação.
“Fizemos um estudo para terminar com a discussão de uma vez por todas“, explicou Cameron a Postmedia. Nesta análise forense, um perito em hipotermia reproduziu as condições em que os personagens se encontravam na jangada se encontrava, e as conclusões do estudo serão transmitidas em fevereiro num programa de televisão.
“Pegámos em dois acrobatas com a mesma massa corporal de Kate (Winslet) e Leo (Dicaprio) e colocámos sensores em cima dentro deles. De seguida, pusemo-los em água gelada e testámos para ver se poderiam ter sobrevivido através de uma variedade de métodos. A a resposta foi: não havia maneira de ambos terem sobrevivido”, concluiu. “Só um poderia sobreviver”.
Fiquei curioso com esse estudo… podiam apresenta-lo?
Isto já faz lembrar os mais recentes dogmas da ciência (que por si só é uma antítese), em que não há direito a contraditório, não há prova experimental, nem debate de ideias, é assim porque alguém assim o decidiu e quem disser o contrário é “bruxa” e tem de ser lançado para a fogueira.
Mas afinal o que provou aquilo que diz? Se havia espaço para os dois e nenhum tinha de ir com uma parte no corpo dentro de água, em que medida é que a temperatura provou que um podia sobreviver e o outro não? A temperatura corporal das duas pessoas utilizadas era a mesma? Ou foi provado que temperatura na região central da porta seria notavelmente maior? Era interessante explicar o porquê dessa conclusão do ponto de vista cientifico com o porquê, porque do ponto de vista cinematográfico tinha mesmo de ser.
Caro leitor,
O estudo em causa não foi publicado numa revista científica.
Conforme explicamos no penúltimo parágrafo, tratou-se de uma análise forense realizada por um perito em hipotermia, e os resultados serão apresentados em fevereiro num programa de televisão.
Tretas…