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SNS já dá comprimido que previne infeção por VIH

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niaid / Flickr

O medicamento Truvada, chamada também”Pílula anti-HIV”, usado na profilaxia pré-exposição (PrEP)

A profilaxia de pré-exposição (PrEP) ao vírus da imunodeficiência humana começou a ser disponibilizada, esta quarta-feira, a pessoas com risco acrescido de contágio.

A Direção-Geral da Saúde emitiu orientações para que os médicos do Serviço Nacional de Saúde poderem administrar às pessoas com risco acrescido de contágio por VIH/Sida um medicamento que previne esta infeção.

De acordo com a DGS, está em situação de maior perigo quem, nos últimos seis meses, “relações sexuais sem uso consistente de preservativo” com parceiros VIH positivo, pessoas que desconhecem se estão infetados, que usam substâncias psicoativas durante as relações sexuais e consumidores de drogas injetáveis que partilham agulhas e seringas.

Esta decisão consta de uma norma publicada no final do ano passado. Segundo o Expresso, em abril, os peritos da DGS decidiram avançar a título de ensaio e agora, cerca de um mês depois, publicar as orientações concretas para as equipas de saúde.

Para resultar, a terapêutica implica a toma diária de um comprimido enquanto há exposição acrescida ao vírus. O medicamento custa entre 500 a 600 euros mensais por pessoa.

No Infarmed está já em curso o processo para incluir o fármaco na lista dos copagamentos do Estado. Para já, o medicamento tem sido entregue gratuitamente pelo laboratório ao abrigo do Programa de Acesso Precoce.

Nos mês de ensaio chegaram aos serviços hospitalares, segundo o matutino, perto de 20 pedidos, um número que é “manifestamente pouco” nas palavras da diretora do Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida, Isabel Aldir.

No entender da responsável, há muitas pessoas em risco que não devem ficar excluídas do acesso à PrEP, para já centralizada nos hospitais da rede de referenciação para a infeção, como o São João no Porto, Coimbra, Curry Cabral e Egas Moniz em Lisboa, Beja e Faro.

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3 Comments

  1. 600 € mensais para drogados e prostitutas? Há tantos idosos a precisar de ajuda e acompanhamento. Venham muitas overdoses…

    • mais que verdade na sua afirmação, mas infelismente se da tudo a aqueles que nada foram obrigados a praticar algo fora do normal, enfim

  2. Como profissional de saúde tenho que salientar que intervenções como a que é descrita no artigo não impeditivas de realizar apoio (clínico ou não) a idosos. Não sendo situações exclusivas, devem haver mecanismos sociais que permitam o apoio a qualquer doente com qualquer doença, independentemente da idade e estrato social.
    Para mais, não são só “drogados” e “prostitutas” que estão em risco de contaminação. Outros exemplos importantes: crianças cujos pais possam estar infectados, profissionais de saúde que possam estar expostos a pessoas contaminadas, pessoas que mesmo não tendo comportamentos de risco entram em contacto com contagiantes (sejam objectos ou pessoas), etc..

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