/

Siza Vieira apresenta queixa-crime à PGR por “denúncia caluniosa”

1

António Cotrim / Lusa

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital anunciou, esta quinta-feira, que apresentou queixa-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) por “denúncia caluniosa” no inquérito que investiga suspeitas de corrupção em torno de negócios com hidrogénio verde.

No fim da conferência de imprensa sobre os novos apoios às empresas, Pedro Siza Vieira pediu para fazer um aparte sobre a notícia publicada pela revista Sábado, esta quinta-feira, que dá conta de um inquérito que investiga suspeitas de corrupção em torno de negócios com hidrogénio verde, no qual é visado juntamente com o secretário de Estado da Energia João Galamba.

“Queria fazer uma declaração sobre a notícia que veio hoje a público na revista Sábado, que fez capa, e também sobre o esclarecimento prestado pela Procuradora-Geral da República. Em primeiro lugar, não tenho nenhuma informação sobre este caso além daquela que os senhores jornalistas já conhecem. Aquilo que sei é a leitura da notícia e aquilo que a Procuradora-Geral da República também exprimiu”, começou por dizer o ministro, citado pela rádio TSF.

O governante disse ainda que, numa carta dirigida à Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, pediu para ser “formalmente ouvido”, caso se confirme que o seu nome é citado no inquérito, e para considerar a comunicação como uma queixa-crime por “denúncia caluniosa”.

“A confirmar-se a existência do processo e a confirmar-se que tem, na origem, uma denúncia, pedi também que considerasse essa minha comunicação como uma queixa-crime pela prática do crime de denúncia caluniosa porque os factos, que não sei exatamente quais são, não têm fundamento, designadamente relativamente àquelas matérias que são enunciadas na revista Sábado”, declarou aos jornalistas.

Para o ministro, “associar a ideia de corrupção à participação de qualquer membro do Governo é uma ideia absolutamente repugnante“. “É-me repugnante pessoalmente porque, na verdade, 30 anos de vida profissional a construir uma reputação de integridade não é uma coisa que se goste de ver manchada, mas é sobretudo uma ideia muito perigosa do ponto de vista da confiança nas instituições”, atirou.

A PGR confirmou que está em curso um inquérito no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) sobre esta matéria, mas acrescentou que não existem arguidos e que as averiguações estão em segredo de justiça.

Segundo a Sábado, os dois governantes são suspeitos de favorecimento do consórcio EDP/Galp/REN no projeto do hidrogénio verde para Sines. António Mexia e João Manso Neto, ex-administradores da EDP, são outros dos visados, assim como o administrador da Galp, Costa Pina.

ZAP //

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.