Por não ter eleito deputados nas legislativas de janeiro, o CDS vai ter a sua subvenção pública drasticamente reduzida. A situação financeira do partido já está a obrigar a reajustar as despesas e fez, inclusive, com que a atual direção negociasse rescisões amigáveis com funcionários.
Foi numa entrevista ao Público e à Rádio Renascença, na semana passada, que o candidato Nuno Melo afirmou não ter “nenhuma ideia do estado financeiro do CDS”.
Depois dessa entrevista, fonte da direção centrista veio esclarecer ao Público que a secretaria-geral “apresentou e pormenorizou o estado da situação financeira atual do partido” em resposta a um “pedido de Nuno Melo”.
Numa reunião, “há pouco mais de duas semanas”, foram “preparados e dados todos os esclarecimentos solicitados pelos representantes da candidatura do Nuno Melo”, revelou a mesma fonte.
O diário contactou Melo, que recusou comentar o assunto. “Não tenho nada a acrescentar. Interessa-me falar do CDS e do futuro. Não vou perder um segundo a falar das questões internas e financeiras.”
A situação financeira do partido degradou-se após o desaire eleitoral de 2019 e a consequente redução de 13 deputados. Esta era uma das preocupações da direção de Francisco Rodrigues dos Santos, tendo o secretário-geral Francisco Tavares dito, em janeiro de 2020, que não era possível enviar cartas por causa da dívida aos CTT.
Nos últimos dois anos, a direção centrista transmitiu a mensagem de que tentou resolver a herança financeira deixada pela liderança de Assunção Cristas: 700 mil euros de dívida bancária e uma dívida de 400 mil euros a fornecedores.
De acordo com a direção de Rodrigues dos Santos, o partido amortizou 350 mil euros de dívida aos fornecedores e abateu 200 mil euros à dívida bancária.
“Mesmo com o desaire das legislativas, vamos entregar o partido numa situação melhor do que aquela que recebemos a nível da dívida”, assegurou fonte da direção.
O CDS-PP deverá receber uma subvenção de 26 mil euros por mês (um valor que ainda não está fechado por causa da repetição das eleições no círculo da Europa.
Se for eleito presidente, Nuno melo quer inteirar-se de forma minuciosa do estado das contas do partido. Atualmente, os militantes não pagam quotas, mas é possível que essa isenção venha a ser equacionada.
Não haverá sobreiros para abater, a ver se cai mais 1 milhão de euros (em tranches) nas contas do CDS??
Um partido tão católico e mesmo assim já não conseguem “milagres” como antigamente!…
É por por estas votações do BE e do PCP, que o povo queimou os votos nas urnas, e vai continuar nas próximas a queimar, até descer á garagem como o CDS.