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PSD e PS: chegou a hora do silêncio

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Tiago Petinga / EPA

Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos conversam na Assembleia da República

Ninguém fale sobre o Orçamento do Estado. Não haverá novas propostas socialistas sobre IRC e IRS Jovem – mas Governo não cede.

No meio de tantas palavras, tantas posturas, tantos discursos públicos (por vezes contraditórios) sobre o Orçamento do Estado para 2025, líderes dos dois maiores partidos querem um travão e preferem o silêncio.

No PSD, há uma mensagem interna clara: não participar em debates na comunicação social até à reunião desta sexta-feira entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos.

O Observador avança que Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD, enviou uma mensagem aos deputados para pedir “recato” e para “evitar criar ruído”.

Portanto, do lado dos sociais-democratas, são 48 horas de silêncio, quer sobre o Orçamento do Estado, quer sobre eventuais novas críticas aos socialistas.

Do lado do PS, antes do início de uma reunião, Pedro Nuno Santos foi apanhado pelas câmaras da RTP – mas sabia que estava a ser filmado – numa confissão sobre o que pensa fazer, e o que realmente faz, em cada dia.

“Começo a manhã a dizer a mim próprio: não vou falar de Orçamento. Mas depois, quando tenho os jornalistas à frente, para comentar o que o outro disse, o que disse antes e as opiniões de ontem, ou somos assim um bocado indelicados, ou acabamos por entrar. E, quando damos por ela, só saiu aquele bocadito”, disse o líder do PS.

Mas Alexandra Leitão, líder parlamentar do PS, tinha avisado na véspera (terça-feira) que o PS não vai apresentar novas propostas sobre o IRC e o IRS Jovem. Não cede nas suas exigências – o problema é que o Governo também não.

André Ventura, do Chega, empurra a responsabilidade para ambos os partidos: o PSD “acreditou no PS e vai pagar caro por isso”.

Rui Rocha (IL) foi ao Parlamento falar sobre uma “novela” repleta de “irresponsabilidade”.

No mesmo debate, o Governo atirou: “Deixem-nos governar”, afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.

No meio destas trocas de acusações, surge o presidente da República novamente optimista: “Eu penso que vai haver Orçamento, vai ser viabilizado, vai haver da parte daqueles que devem viabilizar um entendimento para isso e portanto continuo realisticamente optimista”, comentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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1 Comment

  1. Fosca-se que o radical do PS vai levar um banho! O gajo não tem essência para a política e é de uma imaturidade arrepiante. Já como ministro fugiu! Pouco há a esperar deste garotelho. O gajo estica-se todo para parecer que é alguém. O PS não terá melhor que isto?

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