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Sexo e tiros na rua, em Matosinhos

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Urinam nas portas e furam pneus. Já há comerciantes junto ao espaço de eventos que procuram outro espaço para trabalhar.

“De um momento para o outro, passámos a estar num local inseguro”.

As palavras são de um comerciante de Matosinhos, queixando-se do clima de insegurança que um espaço de eventos e festas trouxe à Rua Sousa Aroso.

A cada fim-de-semana, o cenário naquela rua é outro devido às festas: “Estamos a falar de tiros, sexo dentro dos carros que estacionam mesmo aqui na rua e de inúmeras agressões. Precisamos que nos ajudem a resolver isto”,

Os relatos apontam para álcool, drogas e sexo na via pública. Com agressões constantes e tiros, segundo moradores e comerciantes citados no Jornal de Notícias.

As festas começam às 6h da manhã e prolongam-se até às 13h. É um grupo “muito violento”, alguns dos presentes urinam nas portas e furam os pneus dos carros, contou um comerciante.

Já há responsáveis por negócios ali à beira que estão à procura de outro espaço para trabalhar: “Os clientes não querem vir aqui”.

O espaço abriu há mais de um ano. A situação já se arrasta desde o início de 2023 e a Câmara Municipal de Matosinhos tem noção de que há um problema por resolver.

A presidente da autarquia, Luísa Salgueiro, admitiu numa reunião que tem havido “actos sexuais criminosos” e que nunca tinha visto uma situação destas.

Mas o empresário Tiago Amorim, que é dono do imóvel e que o arrenda a um jovem, assegura que não sabe de qualquer actividade ilegal; sabe que a polícia tem ido ao seu espaço constantemente, mas devido a queixas sobre o ruído.

Eu alugo o espaço a um rapaz que me fez uma proposta para, semanalmente, realizar as suas festas aqui. O problema é na rua. Sendo fora do meu espaço, acho que também há aqui outra responsabilidade. Talvez deva haver polícia a vigiar o local”, considerou Tiago Amorim, que está disponível para contribuir para essa vigilância.

O contrato de arrendamento naquele espaço é válido até 2028.

No último fim-de-semana de Agosto, e pela primeira vez, a Polícia Municipal conseguiu impedir a abertura do espaço.

ZAP //

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