Um militar do Exército foi condenado a sete anos e meio de prisão pelos crimes de violação e um crime de devassa da vida privada. O culpado filmou-se a violar uma mulher e partilhou no WhatsApp. Terá ainda de pagar 15 mil euros à vítima.
Em março de 2022, um militar do Exército de 27 anos agrediu e violou uma mulher. Para agravar a situação, filmou os crimes e divulgou-os num grupo de WhatsApp.
Na sequência, a vítima de 25 anos foi parar ao hospital e sujeita a uma intervenção cirúrgica. Esteve três dias internada.
O Tribunal da Guarda condenou, agora, o militar a sete anos e meio de prisão.
“Por acórdão proferido esta segunda-feira, 21 de outubro, o Juízo Central Cível e Criminal da Comarca da Guarda, condenou um arguido, atualmente com 27 anos de idade, militar do exército português, pela prática de um crime de violação, na pena de seis anos e seis meses de prisão e pela prática de um crime de devassa da vida privada através da internet, na pena de dois anos e seis meses de prisão”, pode ler-se no comunicado no Ministério Público.
“[Os factos] tiveram consequências particularmente graves, pelos danos físicos infligidos à vítima, uma mulher de 25 anos, que teve necessidade de receber assistência hospitalar – uma intervenção cirúrgica, com anestesia geral, que lhe determinou três dias de internamento hospitalar – e ainda pela gravação e divulgação pelo arguido de vídeos da própria execução da violação – num grupo privado do WhatsApp – que intensificaram a danosidade dos factos”.
O militar terá ainda de pagar 15 mil euros à vítima – “uma compensação, como reparação dos prejuízos sofridos”.