Ex-agente revela que serviços secretos dos EUA recolheram “artefactos de origem não humana”

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20th Century Fox

“Independence Day”, (Roland Emmerich, 1996)

Um ex-agente de inteligência diz ter entregado ao Congresso dos Estados Unidos informações classificadas sobre programas altamente secretos que, segundo o denunciante, têm em sua posse artefactos intactos e parcialmente intactos de origem não humana.

A Congresso dos EUA está a reter ilegalmente informação sobre artefactos de origem não humana recuperados por programas secretos de inteligência especializados na recuperação e análise de artefatos não humanos.

A denúncia é feita por David Charles Grusch, antigo agente da National Geospatial-Intelligence Agency (NGA) e do National Reconnaissance Office (NRO) dos Estados Unidos.

O denunciante, ex-oficial do Exército e condecorado veterano do Afeganistão, diz ter sido perseguido e ter sofrido retaliações ilegais pelas suas revelações, agora tornadas públicas pela primeira vez.

Segundo o DeBrief, outros agentes de inteligência de diferentes agências governamentais, quer ativos quer retirados, têm conhecimento destes programas secretos, e forneceram ao Congresso informações semelhantes, que corroboram a denúncia de Grusch.

O ex-agente, que foi entre 2019 e 2022 oficial de ligação da NGA na task force Unidentified Aerial Phenomena (UAP), especifica que, “com base na análise da sua estrutura única e arranjos atómicos dos seus componentes, os objetos recolhidos são de origem extraterrestre ou desconhecida“.

Não estamos a falar de artefactos corriqueiros“, clarifica Grusch, referindo-se à informação que forneceu ao Congresso. “Estamos a falar de veículos intactos e parcialmente intactos.”

A task force UAP, foi criada pela Marinha dos EUA, sob coordenação do Gabinete do Subsecretário de Defesa para a Inteligência e Segurança dos Estados Unidos para investigar fenómenos aéreos não identificados.

Estes fenómenos, até recentemente conhecidos como “UFO” (objetos voadores não identificados, os famosos “OVNIs), são agora oficialmente designados como UAP — “fenómenos anómalos não identificados“, ou FANIs, em Português.

Segundo Grusch, estes objetos total ou parcialmente intactos estão a ser recuperados há décadas e mantidos em segredo pelo governo dos EUA, seus aliados e pela indústria da defesa, no que diz ser uma “Guerra Fria desconhecida do público destinada a proporcionar vantagens de defesa assimétricas”.

Para tornar públicas as suas denúncias, Grusch diz ter seguido os protocolos de  segurança, apresentando-as ao Gabinete de Revisão de Segurança do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O seu depoimento foi “aprovado para divulgação” nos dias 4 e 6 de abril, e enviado pelo ex-agente ao DeBrief.

Segundo o site especializado em assuntos de inteligência, há agora outros agentes e ex-agentes dispostos a correr o risco de vir a público com informação relacionada com estes programas de recuperação de artefactos de origem desconhecida.

Esse é o caso de Jonathan Grey, atualmente oficial do National Air and Space Intelligence Center (NASIC) e antigo membro de diversas task forces especiais do Departamento de Defesa , cujo trabalho envolve a análise dos referidos fenómenos anómalos não identificados.

“O fenómeno da inteligência não humana é real. Não estamos sozinhos“, diz Grey. “A recolha deste tipo de artefactos não está limitada aos Estados Unidos, é um fenómeno global — e a sua divulgação continua a ser-nos sonegada”.

Também Christopher Mellon, investigador do Projeto Galileo da Universidade de Harvard e antigo diretor do Comité de Inteligência do Senado norte-americano, considera que é tempo de as autoridades mundiais tornarem pública a informação que possam estar a reter sobre estas descobertas.

Os benefícios destas descobertas para a Humanidade ultrapassam o medo de descobrimos que não estamos sozinhos”, considerou recentemente Mellon num artigo de opinião no Politico.

Segundo o consultor de inteligência, a democracia requer transparência, e as descobertas feitas pelos programas secretos do governo pertencem ao povo norte-americano. “Somos capazes de lidar com a revelação”, diz.

Mellon salienta que, com o cada vez maior número de satélites comerciais em órbita, não é possível aos governos continuarem durante muito mais tempo a controlar a informação acerca destes fenómenos. A revelação da existência destes fenómenos “é uma questão de tempo“, diz Christopher Mellon.

A reportagem do DeBrief surge numa altura em que a NASA organizou pela primeira vez uma sessão pública sobre os agora FANIs, onde se tornou claro que nem o Pentágono nem a NASA conseguem explicar cerca de 3% dos fenómenos anómalos detectados até hoje.

A acreditar nas denúncias de Grusch e na opinião de Mellon, brevemente ficaremos a saber que a famosa Area 51 afinal existe mesmo — e que algures numa base secreta subterrânea, há (pelo menos) uma nave espacial extraterrestre pronta a ser pilotada por um hacker talentoso para nos salvar de uma invasão.

Armando Batista, ZAP //

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