/

Senador russo avisa que o Reino Unido pode ser “apagado da Terra” num contra-ataque nuclear

18

Depois de um ministro britânico ter afirmado que o Reino Unido, “nas mais extremas circunstâncias”, poderia recorrer a um ataque nuclear preventivo, o senador russo Frants Klintsevich lembrou que a Grã-Bretanha corre o risco de ser “apagada da face da Terra” num contra-ataque nuclear.

Esta segunda-feira, o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, citado pelo jornal Independent, declarou que o Reino Unido está pronto a levar a cabo um ataque nuclear preventivo, se tal for necessário.

Segundo Fallon, a primeira-ministra Theresa May está pronta a usar mísseis balísticos em “condições extremas”, mesmo que a Grã-Bretanha não seja atacada. A declaração do ministro foi uma resposta ao apelo do líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, de “procurar um mundo sem armas nucleares”, nota o jornal.

“A afirmação do ministro britânico da Defesa Michael Fallon pede uma resposta dura e eu não tenho medo de ir muito além dele. Na melhor das hipóteses, essa afirmação parece ser um elemento de guerra psicológica, o que parece revoltante dentro deste contexto”, escreveu em resposta o senador russo Frants Klintsevich.

“Mas há então uma questão básica: que país poderia ser preventivamente atacado pela Grã-Bretanha?”, perguntou o senador, que é vice-presidente da Comissão de Defesa e Segurança do Conselho da Federação russa.

Na visão do parlamentar, se os britânicos usarem força nuclear, então “a Grã-Bretanha, que não tem um território vasto, poderá ser literalmente apagada da face da terra num contra-ataque”, afirmou o senador no Facebook.

Klintsevich relembrou ainda que um eventual ataque nuclear britânico contra um país não-nuclear trará à memória o que fizeram os norte-americanos ao atacarem com bombas atómicas as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, ao final da Segunda Guerra Mundial.

Apesar da recente escalada de tensão entre a Coreia do Norte e os seus “inimigos”, Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, a ameaça de deflagração de um conflito nuclear não se resume à Península Coreana.

Num recente relatório do Instituto para a Pesquisa de Desarmamento da ONU, a ameaça de um “evento de detonação de arma nuclear”, acidental ou deliberado, está “inegavelmente no seu maior nível nos 26 anos após o colapso da União Soviética”.

No entanto, o primeiro conflito nuclear no nosso planeta pode nem sequer acontecer entre a Rússia, Estados Unidos, China, Japão, Reino Unido, Israel, Irão, ou qualquer um dos “suspeitos habituais”.

Segundo um estudo de cientistas das Nações Unidas, há uma grande probabilidade de que o primeiro conflito nuclear da Terra aconteça entre a Índia e o Paquistão – devido aos problemas crescentes em torno do acesso à água potável no subcontinente indiano e aos conflitos em torno da bacia do rio Indo.

18 Comments

  1. Alguém me consegue responder e uma questão muito simples? Quando as coisas não estão bem, de que adianta considerar a hipótese de as piorar?

    Como é que alguém (no seu perfeito juizo, entenda-se) pode achar que usar amras nucleares pode ser a resposta, a solução ou mesmo o mal menor, para o que quer que seja? Ficou tudo estúpido, de repente?..

    O primeiro bardamerda do primeiro desiquilibrado a carregar no botão, simplesmente comete hara-kiri para toda a humanidade, para sempre. além de destruir o planeta para a maioria das outras espécies. Alguma coisa vale ou justifica isso?

  2. Anda tudo parvo. Então Paquistão e India iriam iniciar um confronto nuclear por causa da água potável, e as radiações iriam deixar a água muito melhor. Xiça. Era meter estes imbecis todos num ringue à pera uns com os outros e o mais provável é que se sentassem a um canto por não terem ninguém por lutar por eles. As guerras só se fazem porque estes gajos a troco da palavra “patriotismo” se servem de uma cambada de desgraçados como carne pra canhão.

    • A propósito dos “imbecis”: não se esqueça que a Europa civilizada causou as duas Grandes Guerras, que as únicas bombas atômicas foram lançadas pelo País mais ” civilizado” do planeta, que as invasões constantes no Médio Oriente ( Iraque é apenas um exemplo) e as consequentes desgraças e migrações humanitárias são todas elas graças aos ” salvadores eruditos” que vão para as terras dos ” imbecis “. Eu não sou Oriental nem do Médio Oriente, mas que chega de castigar, inclusive com nomes indignos, os que têm sido constantemente provocados e divididos a fim de perpetuar guerras. A grande e benévola civilização fede e só não consegue sentir o mau cheiro quem nele nasceu e vive, sem escrúpulos, Consciência ou capacidade de raciocínio objetivo.

      • Carlos, quando me refiro a imbecis refiro-me aos lideres dos países envolvidos, já que são eles que espoletam as guerras. Acho que não apanhou muito bem o sentido do que quis dizer.

      • Carlos e Rui. Têm os dois razão, embora possa ter havido má interpretação do Carlos.

      • Eu acho que o Carlos interpretou bem, muito embora o Miguel Queiroz tenha interpretado incorretamente a interpretação que o Carlos fez do post do Rui.

      • Eu por acaso nasci e vivo no meio do mau cheiro dessa civilização que fede, e sinto-me muito infeliz por sentir esse fedor, talvez porque não saiba o que é o fedor da “outra civilização”, a que não permite que as mulheres votem ou conduzam, a que as obriga a casar com quem não querem, a civilização que as chicoteia por sair à rua sem véu e as executa por blasfémia, a civilização que organiza apedrejamentos públicos de indivíduos com deficiência, a civilização que mata gays apenas porque o são, a civilização que mata fiéis e destrói igrejas de outras religiões, não conheço o fedor da civilização que não me permitiria vir aqui dizer que é fedorenta, não conheço o fedor dessa civilização que há mil anos era mais avançada que a nossa e cheirava a rosas… mas que por nesse milénio se ficou. Sim, não conheço bem o fedor dessa civilização, apenas conheço o fedor da civilização em que nasci e em que vivo, que me cobra impostos com os quais oferece catedrais a religiões que não a minha, apenas conheço o fedor da civilização que queimou o sutiã mas defende até à morte o direito à burca, a civilização que lutou para se libertar da tirania dos seus mas defende o direito dos outros a ser felizes na tirania, sim, esta nossa civilização fede, e sim, é um fedor mas à falta do outro este cheira-me a rosas.

      • Enunciar a lista dos ” podres” de uma cultura para nós estranha e alheia, pode nos deixar a sentir superioridade moral. No entanto, os comportamentos que, a ser honestos, seriam de atribuir à nossa cultura e dita civilização evoluída e avançada com as suas tremendas falhas, calculadas e propositadas, e atrozes abusos e interferencia nas vidas de cidadãos de Países soberanos, constituem o que? Se os outros são bárbaros, quem afirma isso, ao portar-se igual ou pior a eles, baseado puramente na ganância e irrespectivo de mortes de inocentes e desespero e deslocação de milhões, não merece nome nem adjectivo!

  3. Tudo isto não passam de manifestações e jogos de poder….e os EUA sob a liderança de Trump não querem mais do que mostrar à Coreia do Norte quem manda…e a Rússia não quer ficar atrás….e a China também….!
    Acho que o líder da Coreia do Norte não é assim tão “parvo” com dará a entender e deve perceber que quando se lançar o 1º míssil náo há vencedores e a Coreia será o primeiro a ser varrido do mapa….está apenas a testar o mundo e mais propriamente os seus polícias (EUA)

  4. Miguel Queiroz….. a resposta à sua pergunta é muito simples… desde que os EUA conseguiram parar a WWII com o lançamento das duas Bombas Atómicas, todos consideram essa solução como a única para resolver todos os «conflitos» … mesmo os mais estúpidos …..

    • Mesmo os mais estúpidos não… SÓ os mais estúpidos!

      Os EUA conseguiram parar a WWII com o lançamento das duas Bombas Atómicas, porque eram só eles que as tinham. E o resultado foi toda aquela região continuar inabitável e a radiação a matar gente nas imediações, durante décadas!

      As bombas agora são 30 vezes mais potentes cada uma, e há mais de 15 mil em todo o mundo. Se duas bombas no Japão teve as consequências gravíssimas que teve, com mais de 250 mil vítimas só a dois meses do impacto… Imagine milhares de bombas rebentarem por todo o mundo. Não se acaba com a guerra… Acaba-se com a vida na Terra… E não é só a humana.

  5. Os Ingleses com essas afirmaçoes ainda pensam que vivem nos anos 30 a 40. O Russo é que disse a verdade, a estupidez dos Ingleses pode leva-los a desaparecerem do mapa.

  6. Sim o ministro bife foi parvo. Mas o que é que isso interessa perante a verdadeira questão? O que importa é qualquer recurso a armas nucleares é uma cavalice. Nem uma amiba revela tamanha ausência de intelecto!

    • Para poder compreender isto, tem de primeiro compreender toda a dimensão humana. A dimensão humana demonstrou ao longo de toda a sua história total insensibilidade pelo próximo, pelo meio em que vive e pela sua própria sobrevivência enquanto espécie. Por que motivo agora seria diferente? Acredite que brevemente tudo vai andar ao molho e já faltou muito mais.

      • Eu continuo na minha. Numa guerra nuclear ninguém anda ao molho. Há meia dúzia de “buns” e logo chega uma calmaria de morte, em pouco tempo.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.