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Sem romarias e festas, milhares de famílias estão a entrar em falência

Romaria d'Agonia / Facebook

Procissão marítima de Nossa Senhora da Agonia, em Viana do Castelo.

Milhares de famílias cujo rendimento depende das romarias e festas populares estão a atravessar sérias dificuldades económicas. Os prejuízos ultrapassam os 50 milhões de euros.

A suspensão das festas populares e romarias religiosas em todo o país devido à pandemia do novo coronavírus estão a levar milhares de famílias à falência. Segundo o Jornal de Notícias, os prejuízos são superiores a 50 milhões de euros e deixaram milhares sem emprego. Os negócios dependentes deste tipo de atividades, desde as diversões itinerantes e pirotecnia à música, estão a falir.

Os empresários de diversão itinerante estiveram, esta sexta-feira, em protesto em frente às instalações da Direção-Geral de Saúde. Pedia-se autorização para trabalhar ou então apoios financeiros.

O Governo optou pela segunda opção e, no Parlamento, foi aprovado um projeto de lei que prevê um subsídio de 438,81 euros durante meio ano, para todos os profissionais sem rendimentos. A prestação tem efeitos retroativos a 1 de abril deste ano.

O presidente da Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados (APIC) lamenta a situação. “Estão todos a ficar endividados”, atirou Luís Fernandes.

Por sua vez, o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Pirotecnia e Explosivos pediu soluções ao Governo para a atividade. “Pedimos ao Governo que nos autorizasse a ultrapassar o limite das lotações em 50%”, disse Carlos Macedo ao JN. O setor estima a perda de 10 a 12 mil postos de trabalho e entre 15 a 18 milhões de euros.

O mesmo acontece com as cerca de 750 bandas filarmónicas que estão paradas durante a pandemia.

“São prejuízos avultadíssimos, porque as fontes de financiamento das filarmónicas são principalmente os serviços das bandas, com particular destaque para as festas e romarias religiosas, bem como os subsídios das Câmaras Municipais”, explicou o presidente da Confederação Musical Portuguesa (CMP), Martinho Caetano. Os prejuízos rondam os 18 milhões de euros.

ZAP //

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