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Sem contrato com Estado, CP só tem dinheiro até junho

A CP – Comboios de Portugal enfrenta dificuldades de liquidez, não só por causa do impacto económico da pandemia, mas também porque o Estado ainda não pagou a respetiva compensação anual pelo serviço público prestado.

De acordo com o Dinheiro Vivo, as receitas da CP – Comboios de Portugal estão a ser afetadas pela forte quebra no número de passageiros e das receitas devido ao impacto da pandemia de covid-19.

Desde meados de março, as receitas de tráfego da transportadora estão abaixo dos gastos com pessoal. Em maio, apesar de ter havido alguma retoma, a procura continua em menos de metade dos níveis habituais.

O facto de o Tribunal de Contas ter voltado a devolver pela segunda vez ao Governo o contrato de serviço público assinado com a empresa para mais esclarecimentos, o que também está a contribuir para os problemas de liquidez. Este documento é crucial para a estabilidade financeira da empresa, uma vez que garante que, nos próximos dez anos, a CP receba 90 milhões de euros para compensar o serviço público prestado em todos os comboios, exceto no Alfa Pendular.

Relativamente às dificuldades de liquidez que a empresa enfrenta, fonte oficial do ministério liderado por Nuno Pedro Santos garantiu, em declarações ao Dinheiro Vivo, que “o pagamento de salários da CP está acautelado”.

Já a transportadora ferroviária diz que, em conjunto com o Governo, está a “tomar as medidas necessárias para garantir o pagamento de todos os compromissos, nomeadamente, salários dos trabalhadores e pagamentos a fornecedores”.

O salário de maio foi pago e o mês de junho está garantido.

ZAP //

 

 

 

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