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Com o SEF debaixo de fogo, ministro oferece cargo de luxo a diretora nacional

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Mário Cruz / Lusa

Eduardo Cabrita pretende substituir Cristina Gatões na liderança do SEF. Embora durante o seu curto mandato tenha estado envolvida em várias polémicas, foi-lhe oferecido um cargo de luxo com um salário de 12 mil euros mensais.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tem estado sob fogo nos últimos tempos, nomeadamente devido ao caso da morte do imigrante ucraniano por inspetores do SEF no aeroporto de Lisboa. O Diário de Notícias sabe que o ministro da Administração Interna estará a preparar a substituição da diretora nacional do SEF.

Eduardo Cabrita pretende nomear Cristina Gatões para oficial de ligação para a imigração em Londres, um cargo que será criado para apoiar a comunidade portuguesa no Reino Unido durante o Brexit. O salário médio para este tipo de cargo é de 12 mil euros mensais.

Assim, Gatões deverá ser substituída pelo atual diretor nacional adjunto do SEF, José Luís Barão.

A morte de Ihor Homenyuk, em março deste ano, levou a que o Ministério Público acusasse três inspetores do SEF de homicídio qualificado e detenção de arma proibida. Na semana passada, um relatório da Inspeção-Geral de Administração Interna (IGAI) veio incriminar mais sete inspetores no que alega ter sido o encobrimento da morte do imigrante.

“Perante aquela monstruosidade, a diretora devia ter posto o lugar à disposição da tutela. Não que seja pessoalmente responsável, mas institucionalmente é responsável”, sublinhou ao DN Luís Marques Mendes.

“Acho muito inquietante o ruidoso silêncio quer da diretora do SEF quer do Sr. Ministro da Administração Interna. É fundamental que a diretora desta polícia, que devia proteger os cidadãos e não expô-los a estas barbaridades, e o próprio ministro falem, venham dar um sinal claro de exemplaridade na erradicação dos responsáveis, na responsabilização criminal, sobretudo para moralizar”, disse, por sua vez, a candidata presidencial Ana Gomes.

O Diário de Notícias realça ainda outras polémica nas quais Cristina Gatões se viu envolvida, nomeadamente o caso de um visto em branco, com a sua assinatura, que apareceu no SEF, causando alarme nas autoridades; ou ter viajado diariamente de Lisboa a Coimbra, onde residia, com motorista, a quem o SEF pagava hotel para pernoitar e a trazer de volta, quando era diretora nacional adjunta.

Gatões foi escolhida por Eduardo Cabrita para substituir Carlos Moreira, em janeiro de 2019.

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22 Comments

  1. Oh si cariño, me gusta! Dá-me mais! Si a ti te gusta, a mi me encanta! Que podridão! Certa vez estive na Estónia, em Tallinn, e gostei muito de ver o nosso sr. embaixador (que não sei quem era) nesse país com tantas conexões a Portugal, a passear-se frequentemente pela cidade no seu Jaguar descapotável, à custa de todos nós. Portugal é mesmo um país rico. Só não é mais porque tem políticos, senão é que era!

  2. Vejam também o que se passa no Portugal2020 e a forma como os apoios são distribuídos. No POISE então é um escândalo. Roça o ridículo. Aprovam projetos de entidades que ninguém conhece, ninguém ouviu falar. Nem sei mesmo se existem. Não sei como é que a judiciária ainda não foi lá prendê-los a todos.

  3. Vá lá, esse do jaguar não tinha “chauffeur”!, Passeava-se a ele próprio! Agora esta senhora ir, diariamente, para Coimbra, com motorista? Mas que grande regabofe! Será que estas pessoas dormem descansadas sabendo que o dinheiro que subtraem ao erário público faz falta , por exemplo, para actualizar as pensões mais baixas que só aumentarão 10 euros?!!. Parece que a política é esta: quanto mais asneiras fizeres maior será a tua promoção! Não vimos a cara a esta irresponsável responsável!

  4. Como eu o vejo, o ódio à estrangeiros é algo que faz parte do DNA da média dos inspectores da SEF. Por ser estrangeiro, preciso de ir lá de vez em quando. Sorte minha de ser nacional de um país da UE. Assim, sendo tratado de forma humana, quase como um dos ‘nossos’, enquanto a escoria do planeta está a olhar e (des)esperar, é uma sensação espetacular.

  5. Ai, ai, ai, ai ai, ai , como vai o meu país à beira mar abandonado.
    Acho graça a alguns senhores doutores apelar ao eleitorado, bom senso para não faltar ás urnas, como assim? Ouvir tais apelos é o mesmo que dar um tiro no pé e tirar à família para dar aos políticos desta praça, que nada fazem nada para melhorar o bem estar dos portugueses.
    Votar na corrupção? Não obrigado. É que nem sequer lá ponho os meus ricos pés, eles (políticos) não merecem tal consideração e para mim são todos iguais, não os conheço de lado nenhum, vão trabalhar no duro que eu também trabalhei durante 47 anos e não precisei de enganar e passar por cima de ninguém.

  6. É esta a “democracia” de que os nossos políticos se gabam de ter instaurado no país, cada vez mais ladrões, cada vez mais insegurança, cada vez mais corrupção e cada vez mais insegurança social, ganhem vergonha!

  7. Uma pessoa não chega a ministro da administração interna sem saber os podres dos outros políticos, por isso tem as costas quentes.
    Uma pessoa não chega a director do SEF sem saber todos os podres da máfia dos vistos, por isso tem as costas quentes.
    Começam a colar cartazes de pequeninos, depois andam à babuja até conseguir um canudo qualquer, entretanto se estiverem no local certo à hora certa são testemunhas dos excessos do lideres do partido, depois é sempre a escalar a piramide do poder.
    Não é preciso ser competente, nem honesto, só é preciso “ser de confiança”, fazer o que te mandam fazer e saber ficar calado, a política é assim.

  8. Arranjarem-lhe um canudo, Carlos? Então não há, na política, desgraçados, como o Sócrates, que até têm aulas ao domingo para os conseguirem? Enquanto uns estão na praia, no bem bom, estão os pobres a trabalhar afincadamente para conseguirem o canudo!!

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