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Scholz diz que a Rússia sofrerá “certamente” mais sanções

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Felipe Trueba / EPA

O chanceler alemão, Olaf Scholz

Olaf Scholz, que falava numa conferência de imprensa juntamente com o primeiro-mnistro do Luxemburgo, Xavier Bettel, sublinhou que “o banho de sangue deve cessar” na Ucrânia, onde, esta terça-feira, a segunda maior cidade, Kharkiv, sofreu bombardeamentos.

“Chegámos a uma situação muito dramática. A Ucrânia luta literalmente pela sua sobrevivência”, sublinhou Scholz.

“Os movimentos das forças militares russas que conhecemos hoje são muito importantes e é por isso que não devemos ter ilusões”, acrescentou.

Scholt advertiu que “vai ser ainda um período muito dramático”.

“As imagens que tivemos que deplorar até agora e que nos entristecem, com tantos mortos e feridos, os edifícios e infraestruturas destruídos, são apenas o começo do que provavelmente se seguirá”, disse.

Neste contexto, serão “certamente” adotadas novas sanções, declarou o chanceler alemão, revelando que as sanções já anunciadas pelo Ocidente “afetam consideravelmente as capacidades económicas” da Rússia.

O Exército ucraniano enfrentou hoje novas ofensivas das forças russas em Kiev, em Kharkiv, no porto de Mariupol e noutras cidades do país, um dia depois de negociações infrutíferas.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

// Lusa

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