Em São Tomé e Príncipe, a pobreza extrema é uma realidade, com as crianças e jovens a ingerirem bebidas alcoólicas para “enganar a fome”, indicou a investigadora Isabel de Santiago, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), em entrevistas ao Público e à TSF.
Em declarações ao Público, na quinta-feira, a especialista em comunicação em saúde pública contou que durante meses de observação detetou que as pessoas carregavam garrafões de álcool em vez de água para beberem durante o dia, o equivalente a “metade de uma garrafa de litro e meio”.
De acordo com Isabel de Santiago, havia pessoas embriagadas desde a manhã, logo pelas 04:30. Os resultados de um estudo liderado por Isabel de Santiago mostram que os níveis de consumo de álcool têm vindo a aumentar.
“A pessoa bebe até cair. Dorme, e os sintomas da abstinência são enormes. Se a pessoa não tiver um desmame, vai ter consequências graves, como cirroses hepáticas”, explicou à TSF a professora da FMUL.
E prosseguiu: “O que vai acontecer em São Tomé com estes bebedores excessivos é a morte. Os dias e anos que se poupariam se não se bebesse excessivamente em São Tomé seriam meses e anos quer se salvariam às próprias pessoas”.
Mas não é só a saúde que sofre com os efeitos do álcool. “Bebedores de idades muito tenras despoletam uma maior desinibição, podendo potenciar abusos sexuais e violações. Esta realidade acontece em São Tomé e Príncipe, e isto é alarmante”, alertou igualmente a investigadora à TSF.
Segundo mostrou o estudo, a população que frequenta a escola é a “mais vulnerável”. Os resultados mostram que o sexo masculino é o que mais consume substâncias alcoólicas (58%, contra os 43% femininos).
O estudo foi realizado tendo por base questionários realizados a 12% desta população, que abrangeram 16.924 jovens do ensino público, da oitava classe ao ensino superior, qualificante ou profissionalizante. As conclusões vão ser apresentadas em junho de 2020, na revista Acta Médica Portuguesa.
Isabel dos Santos destacou que os filhos de mães com baixa escolaridade consomem mais do que aqueles cujas progenitoras estudaram mais. Há crianças com seis e sete anos embriagadas nas salas de aula, já que as mães lhes dão bebidas alcoólicas com metais pesados e aguardente de cana em jejum de forma a matar as lombrigas e a fome, contou.
No país, as crianças e os jovens consomem mais álcool do que leite, facto que a especialista em comunicação em saúde pública considera “lamentável”.
Portugal tem “de intervir rapidamente. É importante que o Instituto Camões e o Ministério dos Negócios Estrangeiros possam desenvolver e apoiar mais a promoção da saúde num país tão pequenino”, frisou a investigadora.
“Penso que o [Instituto] Camões poderia neste momento apoiar, no sentido de as medidas serem feitas. Temos equipas formadas com capacitação para intervir junto destas comunidades. É impossível combater este tipo de costumes se não estivermos no terreno”, refere ainda a professora, que acredita que esta obra é exequível “potenciando os líderes das comunidades e as mães”, acrescentou.
E concluiu: “Este trabalho não se faz nos gabinetes dos hospitais só com médicos. Trata-se de medicina preventiva, e não curativa”.
Esta mulherzinha é uma grande mentirosa, pois consta que a mesma tem interesses políticos na região. Eu estive lá há bem pouco tempo e não vi nada disso.
E como tu andas a dormir e não viste nada, ela é uma grande mentirosa; é isso?
Toda a gente minimamente informada sabe que existe lá um problema grave de alcoolismo – nem é preciso ir lá para se saber isso!!
Um professora/investigadora portuguesa com “interesses políticos” em STeP?
Bem… para palerma não te falta mesmo nada!
Só quem nunca esteve num centro de investigação pensa que um professor/investigador não anda a trás de financiamento para projetos onde lhe permite ganhar mais dinheiro. Qualquer santomense que conhece bem STP sabe que consumo de álcool é um problema nos adultos, mas não é verdade que seja um problema nas crianças. Há claramente um exagero dessa Sra sabe-se lá com que objetivo.
É exagero é!…
Um bando de tolinhos veio a correr para aqui insultar a investigadora e descredibilizar um estudo que confirma o que é do conhecimento geral – sabe-se lá com que objectivo!!!
Ó Eu!, tem calma, terminaste o 2019 um pouco rabugento e começas o 2020 na mesma. Um Bom Ano com menos rabugices!
Tem que ser!… estes palermas vem chamar mentirosa a uma investigadora que só constatou o que toda a gente já sabe e ainda tem a lata de dizer que estiveram lá e não viram nada – quando ainda há pouco, o bispo de São Tomé disse exactamente a mesma coisa!!
.
“O bispo da diocese de São Tomé e Príncipe, Manuel António, considerou hoje o hábito de consumo excessivo de álcool no país como “um aspeto cultural difícil de mudar”, além de ser “um negócio que gera muito dinheiro”.
dn.pt/lusa/consumo-excessivo-de-alcool-em-sao-tome-e-principe-e-um-aspeto-cultural-dificil-de-mudar—bispo-8976667.html
Essa fala atoa. Já a conhecemos bem. É melhor ela tomar cuidado com o que fala. Somos pacíficos mas paciência tem limite. Isso é uma mentira muito grave
Deves ter tanto de pacifico como de inteligente… ou então pensas que andam todos a dormir!…
Só quem nunca esteve num centro de investigação pensa que um professor/investigador não anda a trás de financiamento para projetos onde lhe permite ganhar mais dinheiro. Qualquer santomense que conhece bem STP sabe que consumo de álcool é um problema nos adultos, mas não é verdade que seja um problema nas crianças. Há claramente um exagero dessa Sra sabe-se lá com que objetivo.
Por lá será a fome a razão de tal situação, por cá bem me recordo ler nos jornais logo após o 25 de Abril de 1974 a condenação do consumo de álcool no tempo de Salazar por certos jornalistas ditos de esquerda, passados estes anos verifico que se nessa época isso se verificava quase exclusivamente entre parte de população adulta, agora é ver os jovens e sobretudo meninas de garrafinha na mão fazendo jus a uma boa dose até caírem de cu. Conclusão, no tempo de Salazar, álcool era sinónimo de atraso e pobreza, nos tempos actuais é sinónimo de avanço cultural, progresso e liberdade.
Sobre uma investigação desse género a basear-se em questionários a menores de idade não me parece adequado extrapolar a amostra para a população em geral. Seria muito mais credível se a mesma fizesse o cruzamento dos questionários com os testes de álcool no sangue. Qual a margem de erro deste estudo? Infelizmente a notícia não detalha mas vou ver se vejo essa publicação para tirar as devidas ilações. Contudo, não deixo de pensar que tudo isto é muito estranho quando a mesma chama Portugal para ajudar! Quem já esteve lá e já lidou com santomenses sabe que o leite não faz parte da dieta alimentar das crianças…não devido à pobreza mas porque simplesmente não se criam animais de grande porte. É uma pena uma investigadora fazer um trabalho deste com os olhos “ocidentalizados” e parcial. Se até aqui no nosso país o consumo de leite está a cair porque agora existem algumas correntes que apoiam que o ser humano depois do desmame não deve consumir o leite de animais de outras espécies, por que razão vem esta senhora defender a tese de que o o leite é necessário? Acaso a senhora terá protocolo com produtores de leites?
Outro…
Quem faz o trabalho, sob a responsabilidade de uma Universidade conceituada para publicar numa Revista de prestígio e com um Grupo investigador qualificado… mente!
Quem por lá anda e não vê “nada” e dá palpites aleatórios… diz a verdade?! Só visto!
Exactamente!!!
E o facto de ter aparecido aqui um bando de palermas a insultar a investigadora e a descredibilizar o estudo (que é confirmado por várias fontes internacionais e até mesmo de São Tome!) não deverá ter sido coincidência…