O Santuário de Fátima diz que “nenhum trabalhador foi convidado” a deixar a instituição e que as saída se deveram a reformas, não renovações de contrato de trabalho e por iniciativa do trabalhador.
Esta quinta-feira, o Santuário de Fátima esclareceu que “nenhuma das 24 demissões que ocorreram ao longo deste ano” correspondeu a extinção de postos de trabalho e que “nenhum trabalhador foi convidado” a deixar a instituição.
“Houve saídas de trabalhadores por motivos de reforma, por não renovações de contrato de trabalho a termo e um terço das mesmas por iniciativa do trabalhador“, destacou o Santuário, em comunicado, referindo-se às 24 demissões que ocorreram ao longo do ano.
Na quarta-feira a porta-voz do Santuário de Fátima, Carmo Rodeia, explicou à Lusa que o Santuário tem em curso um plano de reestruturação que prevê o despedimento de até 50 trabalhadores devido à queda abrupta nas receitas causadas pela epidemia de covid-19.
O comunicado divulgado esta sexta-feira sublinha que “qualquer número que tenha sido referido em respostas anteriores aos jornalistas foi no sentido de sublinhar que não estava em curso um plano de despedimentos e que eventuais rescisões não seriam nos números que circulavam na comunicação social”.
A instituição religiosa esclarece ainda que “nenhum trabalhador foi convidado a deixar a instituição”, mas sublinha que “foi feita uma apresentação das atuais dificuldades”. “Foi dito que, dada a redução de atividade, o Santuário está recetivo a propostas para a realização de acordos de revogação de contrato, garantindo que aqueles que estejam mais próximos da idade de reforma possam manter o seu atual rendimento até essa data.”
“Manifestou-se ainda disponível para concessão de licenças sem vencimento, nos casos em que isso interessasse a algum trabalhador. Estas possibilidades foram apresentadas para os casos em que alguém o solicite de forma voluntária”, acrescenta a nota.
O comunicado garante que “serão feitos todos os esforços para encontrar soluções que não impliquem despedimentos”. “Qualquer decisão em relação a medidas futuras será devidamente ponderada, tendo em conta os desenvolvimentos da situação económica do Santuário e a adesão dos trabalhadores às possibilidades apresentadas”, frisa.
O Santuário realça ainda que “tal como a generalidade das instituições e empresas, também o Santuário de Fátima foi fortemente afetado pelas consequências económico-financeiras da pandemia“.
A nota revela que “entre março e julho os grupos inscritos tiveram uma diminuição superior a 99%” e “as ofertas sofreram uma quebra superior a 77%”.
“Não obstante as evidentes dificuldades de gestão, comuns a toda a sociedade, o Santuário assegurou os postos de trabalho dos seus trabalhadores, pagando integralmente os vencimentos de todos”, aponta ainda.
// Lusa